Alpinista recebe metade de tesouro que encontrou por acaso em escalada em 2013

Acredita-se que as pedras preciosas encontradas por ele sejam de um avião da Air India que caiu em montanha francesa em 1966

7 dez 2021 - 06h43
(atualizado às 07h10)
Acredita-se que as pedras preciosas encontradas por alpinista sejam de um avião da Air India que caiu na montanha Mont Blanc em 1966
Acredita-se que as pedras preciosas encontradas por alpinista sejam de um avião da Air India que caiu na montanha Mont Blanc em 1966
Foto: Getty Images / BBC News Brasil

Um alpinista que encontrou um tesouro de esmeraldas, rubis e safiras enterrado por décadas em uma caixa nas montanhas Mont Blanc, na França, agora recebeu metade dessas joias.

O alpinista, cujo nome não foi divulgado, havia descoberto as pedras preciosas em 2013. Acredita-se que a caixa pertencia a alguém a bordo de um avião indiano que caíra em Mont Blanc meio século antes, em 1966.

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O alpinista foi elogiado por ter entregue a caixa à polícia, conforme determina a legislação francesa.

E agora, oito anos após sua descoberta, ele foi recompensado com metade do tesouro de centenas de pedras preciosas. E a autoridade local de Chamonix ficou com a outra metade, após uma tentativa fracassada de localizar a família do proprietário na Índia.

As joias foram divididas em dois lotes iguais, avaliados em cerca de 150 mil euros (mais de R$ 960 mil na cotação atual) cada, disse o prefeito de Chamonix, Eric Fournier, à agência de notícias AFP.

Ele elogiou o alpinista por sua "integridade" ao entregar o conteúdo encontrado à polícia.

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Dois aviões da Air India já colidiram com o Mont Blanc - o primeiro em 1950, matando 48 pessoas. Em 1966, um segundo voo operado pela companhia aérea nacional da Índia atingiu a montanha, com 117 pessoas a bordo.

As autoridades acreditam que as pedras preciosas provavelmente vieram do voo de 1966, que fazia uma rota de Mumbai para Nova York quando caiu.

Desde então, restos humanos foram encontrados na montanha, bem como bagagens pertencentes aos que estavam a bordo.

Em 2012, foi encontrada uma mala com correspondência diplomática da Índia. A bolsa continha jornais, calendários e uma carta pessoal de 1966.

O físico conhecido como o "pai" do programa nuclear da Índia, Homi J Bhabha, estava entre os mortos no acidente de 1966.

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