Funeral de Mandela em Qunu deve reunir 4 mil pessoas

13 dez 2013 - 12h46
Domo foi erguido em Qunu para abrigar o público que acompanhará o funeral
Domo foi erguido em Qunu para abrigar o público que acompanhará o funeral
Foto: AP

Cerca de quatro mil pessoas, entre elas 20 líderes internacionais como o Príncipe Charles, assistirão ao funeral do ex-presidente sul-africano, que será realizado no domingo em Qunu, cidade do sudeste do país, onde Nelson Mandela cresceu. Segundo informou nesta sexta-feira o Governo sul-africano em uma nota de imprensa, participarão da cerimônia privada membros da realeza como o príncipe Charles e o rei de Lesoto.

Entre os chefes de Estado convidados para a cerimônia estão o primeiro-ministro da Etiópia, Hailemariam Dessalegn, e os presidentes da Tanzânia, Jakaya Mrisho Kikwete, e Malawi, Joyce Banda. Também participarão os primeiros-ministros da ilhas caribenhas San Vicente e Granadina, Ralph Everard Gonsalves, e de Saint Kitts e Nevis, Denzil Douglas.

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Entre os líderes internacionais que confirmaram participação estão o vice-presidente do Irã, Mohammad Shariatmadari; o da Nicarágua, Omar Hallesleven Acevedo; e o da Zâmbia, Guy Scott. Além disso, estarão presentes o ex-primeiro-ministro francês Alain Juppe e o ex-presidente Lionel Jospin, assim como o ex-presidente norueguês Jens Stoltenberg e o da Zâmbia Kenneth Kaunda.

Também marcarão presença membros de organizações internacionais como a União Africana, que será representada pela diretora de sua comissão, Nkosazana Dlamini Zuma, e o delegado da União Europeia na África do Sul, Roeland van der Geer. A lista ficará completa com os ministros e ex-ministros da Nigéria, Malawi, Lesoto, Tanzânia, Zâmbia e Etiópia, junto ao reverendo americano Jessie Jackson.

O funeral de Mandela será uma cerimônia privada com seus familiares, representantes do Governo sul-africano e dignatários internacionais.

A ministra sul-africana de Relações Exteriores, Maite Nkoana-Mashabane, disse hoje que o Executivo avalia "o apoio contínuo mostrado pela comunidade internacional desde a morte (de Mandela) a semana passada". "É reconfortante ter entre nós líderes e outros dignatários que representam a comunidade internacional neste momento de dizer adeus a Mandela", disse a ministra.

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Mandela morre aos 95 anos

Nelson Mandela morreu na noite de 5 de dezembro. Há meses ele combatia uma infecção pulmonar. Logo após o presidente sul-africano, Jacob Zuma, anunciar oficialmente o falecimento, líderes mundiais prestaram homenagem ao principal líder da luta contra o apartheid na África do Sul. A presidente Dilma Rousseff lembrou Mandela como a principal personalidade do século XX. O americano Barack Obama disse que Mandela "conseguiu mais do que se poderia esperar de qualquer homem".

No dia seguinte, jornais de todo o mundo repercutiram a notícia da morte em suas páginas. Milhares de sul-africanos se reuniram em frente a suas residências, ou em lugares que ele morou, para homenagearem o heroi nacional. No início da tarde, o presidente Zuma confirmou que a programação do funeral de Mandela durará 10 dias. Ele será enterrado em seu vilarejo natal, Qunu, no dia 15 de dezembro. 

  
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