Egito começa a votar em eleição presidencial

Cerca de 54 milhões de egípcios foram convocados às urnas e devem escolher pelo ex-líder do Exército, Al-Sisi

26 mai 2014 - 09h04
(atualizado às 14h58)
Mulher e criança colocam voto em urna na capital do Egito nesta segunda-feira
Mulher e criança colocam voto em urna na capital do Egito nesta segunda-feira
Foto: AFP

Os locais de votação abriram as portas nesta segunda-feira no Egito para uma eleição presidencial que tem a vitória certa do ex-comandante do exército Abdel Fatah al-Sisi, que tem apenas um rival, Hamden Sabahi.

O marechal Sisi, agora na reserva, comanda o país desde que destituiu em 3 de julho de 2013 o islamista Mohamed Mursi, único presidente eleito democraticamente no Egito.

Publicidade

Sisi tem grande popularidade no país desde que comandou a repressão implacável aos partidários de Mursi, em particular a Irmandade Muçulmana.

As zonas eleitorais abriram às 9h (3h de Brasília) e muitas filas eram observadas no Cairo, com homens e mulheres em espaços separados, e se prolongará por 12 horas, continuando amanhã.

Analistas consideram que Sisi terá uma ampla vitória contra o único rival, o líder de esquerda Hamden Sabahi.

Egípcio mergulha o dedo em tinta em assembleia de voto no bairro de Ain Shams do Cairo nesta segunda-feira; egípcios começam a votar em uma nova eleição presidencial, na qual o ex-chefe do Exército Abdel Fattah al-Sisi deverá ganhar facilmente em meio a pedidos para a estabilidade e recuperação econômica
Foto: AFP

O marechal da reserva encarna para muitos egípcios a mão firme que devolverá a estabilidade ao país, após três anos de "caos" e de crise econômica posteriores à revolta de 2011, que derrubou o ex-presidente Hosni Mubarak.

Publicidade

Os ativistas dos direitos humanos consideram, no entanto, o atual governo egípcio, dirigido de fato pelo exército, mais autoritário que o regime de Mubarak.

Cerca de 54 milhões de egípcios foram convocados às urnas para escolher entre Al-Sisi e o dirigente esquerdista Hamdin Sabahi, em um duelo eleitoral desigual desde o começo.

A Irmandade Muçulmana e seus grupos afins pediram a seus seguidores a abstenção nas eleições, que qualificam de "farsa", da mesma forma que grupos juvenis como o Movimento 6 de Abril, que consideram que não há um entorno democrático.

Com informações da AFP e EFE.

Publicidade

Fonte: Terra
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se