'Justiceiros' criam grupos para 'caçar' ladrões em Copacabana

Outros objetos também são usados pelos integrantes, como pedaços de pau; existe ainda a figura da "retaguarda de peça", ou seja, a pessoa armada para dar cobertura na ação

6 dez 2023 - 10h19

A rotina de violência em Copacabana nas últimas semanas motivou o reaparecimento de grupos "justiceiros" no bairro; a atuação deles já tinha sido vista em 2015. Por grupos de WhatsApp, eles se dividem em grupos para "caçar", como eles definem, quem rouba na região.

Justiceiro que atua em Copacabana mostra soco
Justiceiro que atua em Copacabana mostra soco
Foto: inglês ( Reprodução) / Perfil Brasil

"Eu vou partir assim [com soco-inglês], quebrar osso da cara. Deixar eles [sic] pior do que eles deixaram o coroa", disse um integrante do grupo União dos Crias.

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O homem fala sobre como iria vingar o ataque sofrido pelo empresário Marcelo Rubim Benchimol, que levou chutes e socos até desmaiar, na Avenida Nossa Senhora de Copacabana, ao tentar defender a personal trainer Natália Silva.

Em nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro tomou ciência da situação e afirmou que diligências estão em andamento para identificar os envolvidos e esclarecer todos os fatos.

O portal g1 obteve acesso a conversas que mostram os integrantes exibindo as armas que vão utilizar no ataque contra o "coreto" - termo que usam para identificar "bondes" de menores infratores que atuam na região.

Entre os objetos que são ostentados, estão soco-inglês, pedaços de pau e citam até uma "retaguarda de peça", ou seja, pessoas armadas para dar cobertura.

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Os integrantes debatem sobre a melhor forma de "dar uma lição" nos suspeitos de roubo no bairro. Eles definem ainda que os integrantes devem usar roupa preta, esconder tatuagens e levar "máscaras de Covid" para esconder o rosto.

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