Fórmula 1 revela detalhes sobre mudanças no regulamento de 2026

20 dez 2025 - 08h21

O novo regulamento da Fórmula 1, criado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), tem dado o que falar entre as equipes da categoria, que passaram boa parte do ano focadas em projetar o melhor veículo possível para o campeonato de 2026.

Fórmula 1 apresenta detalhes sobre os carros de 2026
Fórmula 1 apresenta detalhes sobre os carros de 2026
Foto: Foot: Divulgação/F1 / Perfil Brasil

Em 2024, a FIA revelou ao público os principais conceitos a serem alterados com o novo regulamento, entre eles estão a remoção do sistema de redução de arrasto (DRS), que auxiliava nas ultrapassagens, e o novo formato de carro, projetado para ser menos e mais ágil. Além disso, as novas diretrizes focam na sustentabilidade, com motor metade elétrico, metade de combustão interna, e a troca para combustíveis totalmente sustentáveis.

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Na última quarta-feira (17), as entidades divulgaram as nomenclaturas oficiais de conceitos que serão importantes nos carros da próxima temporada da Fórmula 1. Já que alguns foram modificados, como o modo de ultrapassagem que seria chamado de Manual Overtake Mode (MOM, sigla que significa mãe em inglês). Mas, o nome foi alterado para facilitar a compreensão dos espectadores.

Confira a explicação dos principais termos para a temporada de 2026 da Fórmula 1:

Aerodinâmica ativa

O conceito, chamado de "Active aero" em inglês, será um dos mais importantes no novo conjunto de regras. Enquanto o DRS era ativado de forma manual quando o carro estava a menos de um segundo do adversário à frente, com o objetivo de auxiliar nas ultrapassagens. O novo modelo busca converter a energia do veículo, permitindo que os pilotos ajustem a asa dianteira e traseira.

Cada piloto alternará entre dois modos: reta e curva. No modo reta, os flaps da asa abrem e reduzem o arrasto aerodinâmico, tornando o carro mais rápido. Esse sistema pode ser usado em qualquer reta do circuito, que atenda ao tamanho mínimo, e não depende de um competidor a menos de um segundo à frente, como no DRS. Para ultrapassagem, será necessário usar um botão específico.

Já no modo de curva, os flaps ficam nas posições padrões e permitem que a velocidade nas curvas aumente.

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Modo de ultrapassagem

Ainda que o DRS tenha sido descontinuado, os pilotos ainda terão vantagens caso fiquem a menos de um segundo do carro à frente. No novo regulamento, a situação permite que o Modo de Ultrapassagem (Overtake Mode) seja ativado, dando acesso à energia extra vinda da parte elétrica do motor. Assim como no sistema antigo, serão determinadas zonas de detecção da distância antes do ponto de ativação.

Modo de impulso

O modo impulso, ou "boost mode", recebe um novo nome na temporada de 2026. Esse sistema utiliza a bateria para os pilotos poderem se defender ou tentar ultrapassar em qualquer momento da volta, caso tenham carga suficiente. A forma de uso ficará a critério dos pilotos.

Recarga

Por fim, o novo modo de recarga deve auxiliar os pilotos a gerenciarem o recarregamento da bateria, em conjunto com os engenheiros de pista. No novo regulamento, existirão diferentes modos de recuperar a carga, entre eles: frear, usar a energia do motor durante as curvas e tirar o pé do acelerador.

Quais são as outras mudanças da Fórmula 1 em 2026?

O novo regulamento da FIA busca tornar a Fórmula 1 uma categoria mais competitiva, sustentável e segura. Para cumprir essa meta, foram introduzidas mudanças com foco em cada um desses aspectos.

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No novo ciclo, os carros seguiram o conceito de "veículo ágil", sendo morenos, mais leves e mais velozes. Houve uma diminuição de 30 kg em relação ao modelo de 2025, e o objetivo é chegar aos 724 kg. As dimensões também sofreram alterações, com a diminuição da distância e largura entre os eixos do veículo e a redução da dimensão do assoalho.

A alteração no desenho das asas vai reduzir o downforce em 20% e o arrasto aerodinâmico em 55%. Segundo a FIA, os carros serão mais lentos nas curvas e mais rápidos nas retas.

Enquanto isso, o motor será dividido igualmente entre uma parte com potência elétrica e outra de combustão interna. De forma que as baterias dos carros terão 300% mais potência, de 120 kW para 350 kW, enquanto o sistema de recuperação de energia térmica dos gases de escape do veículo (MGU-H) foi removido.

Pela primeira vez na Fórmula 1, os combustíveis serão 100% sustentáveis, e a segurança recebe um upgrade. A célula de sobrevivência, assim como a célula do motor serão reforçadas. O santantônio, que fica acima da cabeça do piloto, na parte mais traseira do carro, também será reestruturado para resistir a maiores impactos.

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