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Quem é Padre Kelmon, chamado de 'candidato padre' por Thronicke?

Candidato seria vice na chapa de Roberto Jefferson, que teve a candidatura negada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE)

24 set 2022 - 14h06
(atualizado em 30/9/2022 às 00h02)
Padre Kelmon estreou no debate do SBT e também marcou presença no debate da Globo
Padre Kelmon estreou no debate do SBT e também marcou presença no debate da Globo
Foto: Reprodução/TV Globo

Quem acompanha eventualmente o horário eleitoral gratuito pode ter se surpreendido com as inserções da candidatura do PTB à presidência da República. Desde o dia 1º de setembro, a chapa é encabeçada pelo Padre Kelmon Luís, que tem como vice o Pastor Gamonal.

Originalmente, Padre Kelmon seria o vice na chapa de Roberto Jefferson, que tem uma longa carreira política, que passa pela tropa de choque do governo Fernando Collor (1990-1992), pela denúncia e condenação no escândalo do mensalão em 2005, e mais recentemente por ser um "soldado bolsonarista", com direito a fotos armado em suas redes sociais. 

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Jefferson teve o registro da sua candidatura negado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por estar inelegível até dezembro do ano que vem, por conta de condenação criminal imposta pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em 2013, justamente pela participação no Mensalão.

Padre Kelmon se define como "homem cristão, conservador e de direita, que sempre se dedicou à igreja e ao combate da esquerda no país". Ele ajudou a criar o Movimento Cristão Conservador e lidera atualmente o Movimento Cristão Conservador Latino Americano (Meccla). 

Para a chapa, o PTB decidiu indicar o Pastor Luiz Cláudio Gamonal, que preside interinamente o Movimento Cristão Conservador do partido. Ele atua em Juiz de Fora-MG e coordenou o Movimento Cristão Conservador do PTB em Minas Gerais. Depois disso, Gamonal assumiu a presidência interina do Movimento nacional.

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Propostas

No horário eleitoral, em tom alarmista, foi produzida uma peça em que já há posicionamento contra o aborto, que "estão sexualizando as crianças nas escolas brasileiras", e que os irmãos cristãos são perseguidos e presos. Ao final, ele pede: "Abram os olhos, meus irmãos. Antes que seja tarde".

Aos 45 anos, Kelmon nasceu em Acajutiba, na Bahia. Foi seminarista na Igreja Católica Apostólica Romana com pouco mais de 20 anos e depois passou para a Igreja Católica Ortodoxa.

Seu programa de governo é intitulado "Direita, graças a Deus". Nele, propõe a convocação de Assembleia Nacional Constituinte para a realização de uma reforma estrutural no país, que, segundo o documento, deve ter uma redução do papel do Estado.

Kelmon pretende criminalizar a cristofobia, é contrário à legalização do cultivo e da venda da maconha, e quer que a pena para o crime de abuso contra menores seja mais pesada.

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Na economia, a chapa defende a redução e simplificação da carga tributária, a privatização de estatais que não são autossustentáveis ou que atuam onde a iniciativa privada é capaz de atuar; a diminuição da despesa com pessoal, a simplificação das leis trabalhistas e um regime único de previdência, tanto para funcionários privados como servidores.

Afinal, Kelmon é um padre católico?

O Padre Kelmon Luís (PTB) não tem ligação com a igreja Católica Apostólica Romana, como o título de padre pode sugerir.

Kelmon se diz vinculado à Igreja Católica Apostólica Ortodoxa del Peru, que não é reconhecida pelas igrejas canônicas do antigo patriarcado ortodoxo.

Ainda assim, Kelmon já foi recebido pelo Arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, cardeal da Igreja Católica.

Em suas redes sociais, Kelmon é visto atuando religiosamente na ilha da Maré, em Salvador, na Bahia. Ele chegou a arrecadar fundos para construir uma paróquia dedicada a São Lázaro na região. Também atua no acolhimento de refugiados venezuelanos.

Fonte: Redação Terra
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