Carlos tem alteração cardíaca e é internado após decisão de prisião domiciliar de Bolsonaro

5 ago 2025 - 11h23

Um quadro de alteração cardíaca levou o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) à internação nesta segunda-feira (4), horas após a prisão domiciliar do pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), determinada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Carlos havia passado a manhã em Brasília e seguiu para o Rio de Janeiro por volta do meio-dia.

O vereador Carlos Bolsonaro
O vereador Carlos Bolsonaro
Foto: Reprodução/Instagram / Perfil Brasil

De acordo com a CNN Brasil, ele se sentiu mal ao chegar à capital fluminense e foi levado a um hospital da cidade. A equipe médica detectou alteração na pressão arterial e orientou exames cardíacos. O cardiologista responsável recomendou a permanência do paciente na unidade hospitalar para observação.

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O que motivou a prisão de Jair Bolsonaro?

A prisão domiciliar de Bolsonaro foi determinada pelo ministro Moraes com base no que descreveu como "reiterado descumprimento das medidas cautelares". A decisão também veda o uso de celular pelo ex-presidente, inclusive por meio de terceiros, e limita seus contatos a advogados e pessoas previamente autorizadas pelo STF.

Segundo a Polícia Federal, Bolsonaro participou de uma chamada de vídeo durante manifestação realizada no domingo (3), em Copacabana, no Rio de Janeiro. A ligação teria sido feita pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). A PF cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do ex-presidente e apreendeu seu telefone celular.

A decisão judicial também reafirma outras restrições: Bolsonaro está proibido de manter contato com embaixadores, se aproximar de autoridades estrangeiras e utilizar redes sociais. Moraes ressaltou que "o descumprimento das regras da prisão domiciliar ou qualquer uma das medidas cautelares implicará na sua revogação e na decretação imediata da prisão preventiva".

Em nota, a defesa do ex-presidente afirmou que "foi surpreendida com a decretação de prisão domiciliar, tendo em vista que o ex-presidente Jair Bolsonaro não descumpriu qualquer medida". Os advogados acrescentaram: "Cabe lembrar que na última decisão constou expressamente que 'em momento algum Jair Messias Bolsonaro foi proibido de conceder entrevistas ou proferir discursos em eventos públicos'."

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O comunicado encerra com a seguinte justificativa: "A frase 'Boa tarde, Copacabana. Boa tarde meu Brasil. Um abraço a todos. É pela nossa liberdade. Estamos juntos' não pode ser compreendida como descumprimento de medida cautelar, nem como ato criminoso".

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