'Vamos respeitar o STF, mas não concordamos', diz defesa de Bolsonaro

Após o 3º dia de julgamento, o placar está com maioria a favor da condenação do ex-presidente e de outros sete réus

9 set 2025 - 19h27
(atualizado às 19h57)
Resumo
A defesa de Bolsonaro declarou respeitar o STF, mas discordar das análises realizadas até agora, enquanto o julgamento sobre a trama golpista segue com maioria a favor da condenação do ex-presidente e outros réus.

O advogado de Jair Bolsonaro (PL), Celso Vilardi, afirmou que não concorda com os votos dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino e Alexandre de Moraes, que votaram a favor da condenação do ex-presidente e de outros sete réus nesta terça-feira, 9, no julgamento da trama golpista. 

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“Hoje nós vimos dois votos que, como vocês sabem, nós não concordamos com esses votos, respeitosamente. Vamos sempre respeitar a decisão do Supremo, mas não concordamos”, afirmou em uma conversa com jornalistas após o fim da sessão.

'Vamos respeitar o STF, mas não concordamos', diz defesa de Bolsonaro
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De acordo com Vilardi, as questões preliminares foram pouco desenvolvidas e a defesa discorda da análise de mérito. No entanto, vão aguardar o restante das votações. “Nós temos que nos manifestar mais adiante, quando o julgamento estiver mais avançado”, disse. 

'Vamos respeitar o STF, mas não concordamos', diz defesa de Bolsonaro
'Vamos respeitar o STF, mas não concordamos', diz defesa de Bolsonaro
Foto: Debora Sena / Terra

Ainda pela manhã, Moraes, relator do caso da trama golpista na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), votou à favor da condenação. Em seu discurso, o ministro afirmou que todos os acusados agiram em conjunto e cometeram cinco crimes: liderança de organização criminosa, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.

Moraes vota pela condenação de Jair Bolsonaro e mais sete por tentativa de golpe de Estado
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Na retomada da sessão na parte da tarde, Dino destacou a intenção dos réus com o plano golpista, com a ressalva de uma "participação de menor importância" de Alexandre Ramagem, Paulo Sérgio e Augusto Heleno.

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Dino vota para condenar réus da trama golpista e defende penas maiores a Bolsonaro e Braga Netto
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Nos próximos dias, irão votar Luiz Fux, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin, o presidente da Turma. Há sessões reservadas para o julgamento até sexta-feira, 12.

Fonte: Redação Terra
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