A repórter Ana Flor, da GloboNews, relatou ter sido agredida por seguranças da Câmara enquanto cobria a remoção do deputado Glauber Braga da presidência da Casa, em meio a protestos e acusações de perseguição política.
A confusão que resultou na retirada à força do deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) da cadeira da presidência da Câmara nesta terça-feira, 9, respingou até mesmo em quem estava fora do plenário. Durante a cobertura da GloboNews, a repórter Ana Flor afirmou ter sido empurrada por seguranças da Casa.
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“Eu, aqui do lado de fora, recebi empurrões de seguranças da Câmara, quando eu tentava cobrir, me aproximar desse momento. São situações que não são aceitáveis, uma segurança truculenta”, disse a jornalista.
De acordo com o relato da repórter, os jornalistas ficaram por mais de 20 minutos proibidos de entrar no plenário. Enquanto estavam barrados, houve discussão entre parlamentares e a segurança da Câmara.
“Se o presidente da Câmara [Hugo Motta (Republicanos) não autorizou isso, onde ele estava? Essa é a pergunta, porque o que ocorreu é lamentável para o plenário da Câmara, para a história da Câmara e para a democracia brasileira”, continuou.
Apresentadora da Globonews denuncia ao vivo o maior absurdo e a maior truculência já ocorridos na Câmara dos Deputados. pic.twitter.com/k3mFQRlwV4
— Bruno Guzzo® (@brunoguzzo) December 9, 2025
O protesto foi feito após Hugo Motta anunciar nesta terça que entrariam em pauta na Câmara nos próximos dias os pedidos de cassação de Carla Zambelli (PL-SP), Delegado Ramagem (PL-RJ) do próprio Glauber Braga.
O pedido de cassação do deputado do PSOL foi aprovado pela Comissão de Ética da Câmara após um pedido do partido Novo, que o acusou de faltar com o decoro parlamentar em abril do ano passado, quando expulsou da Câmara com empurrões e chutes o integrante do Movimento Brasil Livre (MBL) Gabriel Costena.
Até então, a cassação de Glauber Braga ainda não havia entrado em pauta no plenário. O parlamentar argumenta que a pena é desproporcional e que o processo é uma perseguição política, pois ele teria uma relação conflituosa com o ex-presidente da Câmara, o deputado Arthur Lira (PP-AL).