O senador Flávio Bolsonaro confirmou sua pré-candidatura à Presidência em 2026, destacando que a decisão foi motivada por seu pai, Jair Bolsonaro, atualmente inelegível e preso, para dar continuidade ao projeto político da família.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) confirmou, na tarde desta sexta-feira, 5, que será candidato à Presidência em 2026. Em um texto publicado nas redes sociais, Flávio disse que a decisão partiu do ex-presidente Jair Bolsonaro e que ele aceitaria a "missão".
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"É com grande responsabilidade que confirmo a decisão da maior liderança política e moral do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, de me conferir a missão de dar continuidade ao nosso projeto de nação. Eu não posso, e não vou, me conformar ao ver o nosso país caminhar por um tempo de instabilidade, insegurança e desânimo", iniciou o senador.
No texto, Flávio afirma que a democracia estaria "sucumbindo" e que "ninguém aguenta mais". Em seguida, recorre à religião para falar sobre seu compromisso com a política no País.
"Eu me coloco diante de Deus e diante do Brasil para cumprir essa missão. E sei que Ele irá à frente, abrindo portas, derrubando muralhas e guiando cada passo dessa jornada. Que Deus abençoe o nosso povo! Que Deus abençoe o nosso Brasil!", escreveu.
O próximo encontro entre Flávio e o pai após a decisão da candidatura será no dia 9 de dezembro e foi autorizado nesta sexta pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Antes do anúncio oficial, Flávio teria buscado lideranças do Partido Liberal para tratar do tema, assim como pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que também estaria interessado em se lançar à Presidência.
Ao jornal Estadão, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, deu aval à escolha de Bolsonaro pelo filho. "Flávio me disse que o nosso capitão ratificou sua candidatura. Bolsonaro falou, está falado. Estamos juntos", afirmou.
O ex-presidente Jair Bolsonaro está preso na Superintendência da Polícia Federal em Brasília e perdeu os direitos políticos após o início do cumprimento da pena de 27 anos e 3 meses de prisão. Antes mesmo disso, ele já era considerado inelegível, por uma decisão anterior do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).