O novo ranking de competitividade do Recife, divulgado pelo Centro de Liderança Pública (CLP), revela uma queda de oito posições da capital pernambucana em relação à edição anterior. Ainda assim, o Recife segue como a cidade mais bem colocada do Nordeste entre os 418 municípios avaliados em todo o país.
A cidade ocupa agora a 61ª posição no levantamento nacional, que considera 13 pilares temáticos e 65 indicadores. Entre os destaques negativos estão os setores de saúde, segurança e saneamento. A qualidade da saúde apresentou a maior queda, com o Recife despencando 100 posições e ficando em 346º lugar. No quesito segurança, a capital está na preocupante 387ª posição, evidenciando altos índices de violência e mortalidade.
Apesar do desempenho abaixo do esperado em alguns setores, o ranking de competitividade do Recife também apontou avanços em áreas como sustentabilidade fiscal, meio ambiente, inovação e acesso à educação. No pilar de acesso à saúde, por exemplo, Goiana (PE) aparece em destaque nacional, na 2ª colocação, o que demonstra a força de alguns municípios do estado.
A cidade também apresentou melhora na transparência municipal, conquistando o 1º lugar nacional nesse quesito. No capital humano, Recife manteve-se entre os dez primeiros colocados, refletindo a qualificação dos trabalhadores e o acesso à educação técnica e superior.
Os dados do ranking de competitividade do Recife ajudam a evidenciar os desafios que a capital pernambucana enfrenta, principalmente nas áreas de infraestrutura básica, como saneamento — onde ocupa a 233ª posição — e saúde preventiva. O levantamento serve de alerta para gestores públicos, indicando onde os investimentos e políticas públicas precisam ser reforçados.
O estudo nacional, que também posiciona o estado de Pernambuco na 19ª colocação geral entre os estados brasileiros, reafirma a importância de acompanhar o desempenho dos municípios com base em dados concretos. A manutenção da liderança regional, mesmo com a queda no ranking, mostra que o Recife ainda é referência no Nordeste, mas precisa acelerar melhorias em áreas críticas para se manter competitivo no cenário nacional.