Petrobras anuncia medida interna para apurar operação da PF

Operação Lava Jato tem como base denúncias do ex-diretor da petroleira Paulo Roberto Costa

27 out 2014 - 13h47
Homem caminha diante da sede da Petrobras no Rio de Janeiro. Foto de 11 de abril de 2014.
Homem caminha diante da sede da Petrobras no Rio de Janeiro. Foto de 11 de abril de 2014.
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

A Petrobras divulgou nota nesta segunda-feira informando sobre as medidas internas que vem tomando com a finalidade de apurar fatos relativos às investigações da Operação Lava Jato, na qual um ex-diretor da companhia, Paulo Roberto Costa, foi denunciado pelos crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa. Neste momento, estão em curso investigações sobre a prática de supostos crimes em desfavor da estatal.

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A empresa constituiu Comissões Internas de Apuração para averiguar indícios ou fatos contra a empresa, bem como subsidiar medidas administrativas e procedimentos decorrentes; além de requerer acesso aos autos da investigação relacionada à operação da Polícia Federal, incluindo os autos da ação por lavagem de dinheiro e organização criminosa, como forma de acompanhar de perto as investigações, o que foi deferido pelo Poder Judiciário.

Paulo Roberto Costa em depoimento à CPI da Petrobras
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom / Agência Brasil

A Petrobras solicitou acesso ao conteúdo da delação premiada feita pelo ex-diretor Paulo Roberto Costa, que ainda não foi deferido pelo Poder Judiciário; pediu também esclarecimentos às empresas mencionadas na imprensa como tendo atividades sob investigação na Operação Lava Jato, para subsidiar avaliações internas, especialmente após a repercussão na mídia de informações a respeito da mencionada delação premiada.

A Petrobras informa ainda que obteve acesso oficial aos depoimentos de Paulo Roberto Costa e do doleiro Alberto Youssef (prestado em audiência na 13ª Vara Federal do Paraná, em 8 de otubro) e que tem utilizado as denúncias de corrupção feitas para subsidiar suas Comissões Internas de Apuração. A empresa lembra ainda que os depoimentos não se confundem com a íntegra dos depoimentos prestados no âmbito da chamada delação premiada – que ainda estão sob segredo de Justiça.

Na nota, a empresa informa que assinou contratos este mês com duas empresas independentes especializadas em investigação, uma brasileira e outra americana, com o objetivo de apurar a natureza, extensão e impacto das ações que porventura tenham sido cometidas no contexto das alegações feitas por Paulo Roberto Costa, bem como apurar fatos e circunstâncias correlatos que tenham impacto material sobre os negócios da companhia.

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Paralelamente ao avanço das investigações, a companhia está estudando medidas jurídicas adequadas para ressarcimento dos supostos recursos desviados e de eventuais valores decorrentes de sobrepreços derivados das empresas que teriam participado do cartel, conforme mencionado no depoimento do ex-diretor da Petrobras, além dos danos causados à imagem da companhia.

Agência Brasil
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