Oposição pede investigação de Dilma e outras 38 pessoas

Indiciamento de 59 pessoas, junto com a demissão da atual diretoria, é pedido no parecer paralelo da CPMI da Petrobras. Texto pode ser votado ainda hoje

17 dez 2014 - 19h46
(atualizado às 19h49)
La presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, reacciona tras recibir un reporte de la comisión de la verdad en Brasilia, dic 10 2014. Una comisión de la verdad que investiga las violaciones a los derechos humanos de la dictadura militar de Brasil entre 1964 y 1985 pidió el miércoles anular una ley de amnistía de 1979 para que los responsables puedan ser procesados.
La presidenta de Brasil, Dilma Rousseff, reacciona tras recibir un reporte de la comisión de la verdad en Brasilia, dic 10 2014. Una comisión de la verdad que investiga las violaciones a los derechos humanos de la dictadura militar de Brasil entre 1964 y 1985 pidió el miércoles anular una ley de amnistía de 1979 para que los responsables puedan ser procesados.
Foto: Joedson Alves / Reuters

Um relatório paralelo apresentado nesta quarta-feira (17) pela oposição, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras, pede a investigação civil da presidente Dilma Rousseff e de outras 38 pessoas citadas no caso de lavagem de dinheiro e cobrança de propina na estatal. Além disso, o texto elaborado pelo deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), sugere o indiciamento de 61 investigados, entre ex-diretores de petroleira, parlamentares e donos de empreiteiras.

"A Petrobras foi, sim, objeto da sanha de um partido político (PT) que, associado a alguns parlamentares de outras duas agremiações, mas particularmente o PP, ao longo desses últimos dez anos, só fez engendrar mecanismos criminosos para manter-se no poder, não importando o custo de tal empreitada", afirmou Sampaio no relatório de 184 páginas. O texto irá a voto junto com o parecer retificado pelo relator da CPMI, deputado Marco Maia (PT-RS), quando encerrar a ordem do dia na Câmara.

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De acordo com a oposição, Dilma deve ser investigada civilmente "em razão de sua omissão na tomada de providências para proteger o patrimônio da Companhia, notadamente quando do episódio do veto às ressalvas feitas pelo TCU e pelo Congresso Nacional quanto à obra de Abreu e Lima em 2009". Na época, a hoje presidente da República era ministra da Casa Civil e presidia o Conselho de Administração da Petrobras. A investigação civil se difere da criminal no tipo de sanções e punições aplicadas.

Entre os indiciamentos, estão o da presidente da Petrobras, Graça Foster, e do diretor de Abastecimento, José Carlos Cosenza, pelos crimes de falso testemunho e de prevaricação. Na visão da oposição, eles "negaram a verdade nos depoimentos que prestaram a esta CPMI, além de não terem tomado as providências que lhes competiam para evitar que o dano à Petrobras fosse potencializado, com o passar dos anos".

Entre os indiciamentos, onde são pedidas investigações criminais, estão os ex-deputados André Vargas (sem partido-PR) e Mário Negromonte (PP-PA), o deputado Luiz Argôlo, o doleiro Alberto Youssef, os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa, Renato Duque e Nestor Cerveró. Entre as investigações sugeridas estão dos senadores Gleisi Hoffman (PT-PR), Fernando Collor de Mello (PTB-AL) e Humberto Costa (PT-PE), o ex-deputado João Pizzolatti (PP-SC) e o ex-senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), morto em março de 2014.

Fonte: Especial para Terra
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