O tenente-coronel Mauro Cid, um dos réus na ação penal que apura a tentativa de golpe após a eleição presidencial de 2022, recebeu o benefício da delação premiada e foi condenado a 2 anos de prisão em regime aberto pela trama golpista. A decisão pela dosimetria da pena foi por unanimidade dos ministros da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF).
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A Procuradoria Geral da República (PGR) pediu que a condenação do tenente-coronel fosse reduzida a um terço da pena total dos crimes imputados. No entanto, os ministros atenderam a defesa de Cid, que pleiteou que o "prêmio" pela delação fosse uma condenação de até dois anos de reclusão.
Mauro Cid foi acusado de intermediar contatos e ações do grupo que pretendia reverter o resultado da eleição presidencial de 2022. Segundo a investigação, Cid foi o principal "operador" da trama golpista, executando os atos mais sensíveis do plano de ruptura institucional.
De acordo com a denúncia, Cid atuou na produção de informações caluniosas sobre o sistema eleitoral e participou de reuniões em que se discutiam planos de teor golpista, o que incluía encontros com "kids pretos" dispostos ao plano de golpe. Cid também participou do monitoramento ilegal do ministro Alexandre de Moraes.
O acordo de colaboração com a Justiça de Mauro Cid foi homologado em setembro de 2023.