Manifestantes ocupam Esplanada em marcha contra Bolsonaro

Grupo menor de manifestantes também realiza ato pró-Bolsonaro na capital federal; outras cidades também recebem atos

7 jun 2020 - 11h32
(atualizado às 12h41)
Manifestação contra o governo Jair Bolsonaro e a favor da democracia na cidade de Brasília
Manifestação contra o governo Jair Bolsonaro e a favor da democracia na cidade de Brasília
Foto: Matheus W. Alves / Futura Press

Manifestantes ocuparam, na manhã deste domingo, 7, parte da Esplanada dos Ministérios, em protesto contra o presidente Jair Bolsonaro e contra o racismo. Um outro grupo menor de manifestantes marcou presença em um dos lados da via central de Brasília. Outras cidades também recebem atos neste domingo.

A Polícia Militar fez um cordão de isolamento para impedir que os manifestantes avançassem até a Praça dos Três Poderes, onde fica o Palácio da Alvorada.

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A exemplo das manifestações ocorridas em 2016, durante o processo de impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, os dois grupos se dividiram entre os dois lados da Esplanada. Do lado esquerdo da via, em sentido ao Congresso, ficarão os manifestantes que pedem a defesa da democracia e que pedem a saída de Bolsonaro. Do lado direito, poucos manifestantes se aglomeraram em ato pró-Bolsonaro.

Os policiais isolaram o canteiro central da Esplanada, como forma de evitar o contato entre os dois grupos. Diferentemente do que se viu três anos atrás, o governo do Distrito Federal não ergueu um muro de lata no canteiro central da Esplanada para separar os manifestantes.

Um contingente de 300 policiais da Força Nacional de Segurança Pública ficou de prontidão na Esplanada, para reforçar a segurança em caso de confronto. No entanto, as manifestações ocorreram de forma pacífica.

Durante a semana, Bolsonaro chegou a pedir, em sua "live", que manifestantes pró-governo evitassem ir às ruas. Esse pedido, no entanto, não foi atendido por algumas pessoas que apoiam o governo e marcaram presença no ato. Os protestos em Brasília se encerraram por volta do meio-dia e ocorreram de forma pacífica.

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Organizadas e membros de movimentos sociais se unem em BH

Com início em tradicional ponto de concentração de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, torcidas organizadas de clubes de Minas Gerais e representantes de movimentos sociais realizam na manhã deste domingo, 7, ato contra o presidente em Belo Horizonte. Os manifestantes farão caminhada a partir da Praça da Bandeira, região sul da cidade, em direção à Praça Sete, no centro da capital. Um ato chamado "Vidas Pretas Importam", também está previsto para este domingo na cidade, além de ato de médicos contra o governo federal.

O representante da Unidade Popular (UP), Leonardo Péricles, que participa da manifestação, afirma que o Brasil passa hoje por risco de golpe. "Estamos na pandemia. Não temos as melhores condições de lutar, mas temos que lutar. A bandeira 'fora Bolsonaro' tem que ser a bandeira do povo brasileiro", disse. Motoristas que passavam pelo local buzinavam em apoio ao protesto.

Nesse sábado, 6, uma das torcidas organizadas que participam da passeata até a Praça Sete, a Galo Antifa, fez recomendações a quem se dispôs a comparecer à manifestação deste domingo. "Se você é do grupo de risco ou mora com pessoas que são, fique em casa", era um dos pedidos. Antes da manifestação, viaturas da Polícia Militar foram estacionadas ao longo do trajeto dos manifestantes. Regras de distanciamento e uso de máscara foram respeitados no ato. A PM de Minas Gerais não divulga estimativa de participantes nas manifestações.

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