Lula: 'No mês que vem vou começar a fazer política e rodar o País'

Presidente citou programas sociais e avisou que pretende lançar ainda neste mês uma nova linha de crédito para pequenas reformas e ampliação do vale gás

24 mai 2025 - 15h03
(atualizado às 15h06)

BRASÍLIA - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse neste sábado, 24, que o governo federal deverá apresentar dois novos programas sociais até o fim deste mês e deverá rodar o País a partir de junho para "voltar a fazer política".

Os programas fazem parte de uma linha de crédito para pequenas reformas, ainda em fase de detalhamento pelo Ministério das Cidades, e a ampliação do vale gás que passará a se chamar Gás para Todos.

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Auxiliares do presidente relatam nos bastidores a cobrança, pelo Palácio do Planalto, pela entrega de programas de impacto social com o objetivo de alavancar a popularidade.

"Tudo isso vai ser anunciado nesse mês. Porque no mês que vem eu vou fazer política nesse País. No mês que vem eu vou começar a andar nesse País", disse Lula.

O presidente estava em Campo Verde, no Mato Grosso, para o lançamento de um programa de recuperação do solo em propriedades de assentamentos rurais. Ele estava acompanhado dos ministros da área, Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário) e Carlos Fávaro (Agricultura), além do governador Mauro Mendes (União Brasil), que participou de ato ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro na Avenida Paulista no mês passado.

Como mostrou o Estadão em março, a nova linha de crédito para pequenas reformas deverá contar com R$ 3 bilhões. A ideia é que, com recursos do microfinanciamento, as pessoas possam fazer melhorias nos imóveis, como pinturas, troca de portão e outras reparações. O programa deve mirar quem tem casa própria, mas o governo também estuda a possibilidade de incluir pessoas que moram de aluguel.

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O público atendido por esta linha de crédito deve ser o mesmo da faixa 1 do Minha Casa Minha Vida, de renda até R$ 2.640 mensais. O segundo programa social visa a bancar as despesas com gás de cozinha para as famílias que integram o Cadastro Único dos programas sociais do governo, o CadÚnico.

Neste sábado, o presidente repetiu que o programa deverá atender a 22 milhões de famílias, mas o escopo do programa foi reduzido para adequá-lo aos recursos disponíveis neste ano para o vale gás (R$ 3,5 bilhões). Segundo contas de técnicos do governo, o número de atendidos deverá ser de 16 milhões de famílias. Lula também fez críticas aos preços praticados no mercado na revenda de botijão de gás.

"O botijão de gás é vendido pela Petrobras para as empresas a R$ 37. Não tem explicação ele chegar para o povo a R$ 120, R$ 130, R$ 140. Alguém está ganhando muito dinheiro", afirmou.

O presidente citou ainda duas iniciativas recentes do governo que são apostas para ganhar popularidade: a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e a ampliação da Tarifa Social, programa que isenta famílias de baixa renda da conta de luz.

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