Carlos Bolsonaro defende sugestão de filmar UTI de hospitais

Após crítica do ministro do STF Gilmar Mendes, vereador defendeu sugestão do presidente Jair Bolsonaro de mostar leitos de UTI na pandemia

14 jun 2020 - 14h55
(atualizado às 15h20)

O pedido do presidente Jair Bolsonaro a seguidores para entrarem em hospitais públicos e filmarem os leitos de UTI provocou reação do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O comentário foi feito por Bolsonaro em uma transmissão no Facebook na última quinta-feira, 11. O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), por sua vez, defendeu a sugestão feita pelo pai.

O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) durante cerimônia de posse do então ministro da Saúde, o oncologista Nelson Teich
O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ) durante cerimônia de posse do então ministro da Saúde, o oncologista Nelson Teich
Foto: Dida Sampaio / Estadão Conteúdo

Neste domingo, 14, Gilmar Mendes foi às redes sociais para criticar o pedido do chefe do Executivo. "Invadir hospitais é crime – estimular também. O Ministério Público (a PGR e os MPs Estaduais) devem atuar imediatamente. É vergonhoso – para não dizer ridículo – que agentes públicos se prestem a alimentar teorias da conspiração, colocando em risco a saúde pública", escreveu o ministro no Twitter.

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Em seguida, o vereador Carlos Bolsonaro, filho do presidente da República, defendeu o recado do pai na mesma rede social. "Só um bandido ou um doente mental para minimamente crer que o Presidente incentivou invasão a hospitais ao invés de entender que o citado foi para que cidadãos cumpram seu direito de fiscalizar os gastos públicos", afirmou o vereador.

Bolsonaro afirmou que seria necessário pessoas "na ponta da linha" para mostrar se os leitos estão ocupados ou não e se os gastos são compatíveis. Ele prometeu, inclusive, repassar os dados para a Polícia Federal e para a Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

O comentário também provocou reação negativa de governadores e do Conselho Nacional de Saúde. Na semana anterior, um grupo de cinco deputados estaduais de São Paulo invadiu o Hospital de Campanha do Anhembi, na zona norte da capital paulista, sob o argumento de fazer uma vistoria no local.

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