Jair Bolsonaro foi diagnosticado com carcinoma de células escamosas, um tipo de câncer de pele intermediário, tratado após internação em Brasília devido a problemas de saúde como desidratação e anemia; ele já recebeu alta.
Duas das sete lesões analisadas em Jair Bolsonaro tiveram resultado positivo para carcinoma de células escamosas, um tipo de câncer de pele considerado intermediário. O diagnóstico foi confirmado nesta quarta-feira, 17, pelo médico Cláudio Birolini, que acompanha pessoalmente o ex-presidente.
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Segundo ele, o quadro não tem relação com a facada sofrida pelo político em 2018, mas sim com fatores ligados ao seu perfil de pele clara, mais vulnerável a esse tipo de problema.
O carcinoma de células escamosas tem origem na camada mais superficial da epiderme e "pode se desenvolver em cicatrizes antigas ou feridas crônicas da pele em qualquer parte do corpo", explica o portal do Hospital Sírio-Libanês.
Geralmente, esses tumores atingem áreas do corpo expostas ao sol, como rosto, orelhas, pescoço, lábios e dorso das mãos. No caso de Bolsonaro, as lesões estão localizadas no tórax e no braço.
De acordo com a Skin Câncer Foundation, o número de diagnósticos anuais de carcinoma de células escamosas é estimado em 450 mil, colocando-o como o segundo tipo de câncer de pele mais comum.
O carcinoma de células escamosas não é o mais agressivo, mas tampouco é considerado benigno. Trata-se de um tumor que pode trazer complicações caso não seja tratado adequadamente.
"Caso sejam detectados no estágio inicial e removidos rapidamente, os carcinomas de células escamosas causam danos mínimos e quase sempre são curáveis. Entretanto, se não tratados, os tumores podem, eventualmente, invadir os tecidos subjacentes e desfigurar o tecido cutâneo. Uma pequena porcentagem pode inclusive criar metástases e atingir outros órgãos, tornando-se fatal", alerta a Skin Cancer Foundation.
Bolsonaro recebeu alta no início da tarde desta quarta após ter dado entrada no hospital DF Star, em Brasília, na véspera. Ele havia apresentado falta de ar, vômitos e um quadro de pré-síncope, associado a queda de pressão arterial. Durante a internação, os médicos identificaram também desidratação, anemia e alteração da função renal.
Birolini relatou que o ex-presidente continua enfrentando episódios de soluço, por vezes mais intensos, que acabam provocando engasgos e vômitos reflexos. Mesmo assim, ele apresentou melhora parcial após a hidratação hospitalar.
"O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro foi admitido no Hospital DFstar na tarde do dia 16 de setembro devido ao quadro de vômitos, tontura, queda da pressão arterial e pré-sincope. Chegou na emergência do hospital… pic.twitter.com/itENCwD3sl
— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro) September 17, 2025
Bolsonaro deu entrada no hospital DF Star, em Brasília, por volta das 16h desta terça-feira, 16, após ter falta de ar e episódios de vômito. Ele foi levado ao local acompanhado da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e ficou internado sob observação da equipe médica.
Flávio Bolsonaro visitou o pai no dia da internação e atribuiu o mal estar à decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal federal (STF) que condenou Bolsonaro a 27 anos de prisão pela trama golpista. Também pediu "trégua" ao ministro Alexandre de Moraes, relator do processo, a quem se referiu como "terrorista".
