O avião que levaria Lula a Breves apresentou falha no motor em solo, sendo substituído por outro; problemas com aeronaves governamentais têm sido recorrentes.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a relatar problemas em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB). Durante entrevista à TV Liberal, no Pará, nesta quinta-feira, 2, ele contou que o avião em que embarcaria apresentou falha no motor ainda em solo. Essa não foi a primeira vez que uma aeronave do governo apresentou problemas.
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“Eu só tinha que agradecer a Deus porque poderia ter tido um problema quando eu tivesse no ar. E teve quando eu estava em terra. Nós tivemos que descer do avião com medo que o avião pegasse fogo”, disse Lula. O presidente seguiu viagem em outro modelo, um Brasília, e afirmou ter feito orações após o episódio.
Este não foi o primeiro contratempo envolvendo aeronaves da Presidência durante o atual mandato.
Em janeiro de 2024, o avião presidencial apresentou uma pane em Campina Grande, na Paraíba, e não conseguiu decolar. A agenda do dia foi cancelada.
Em outubro de 2024, na Cidade do México, outro avião da presidência apresentou falha. O Airbus A319CJ (VC-1), avião oficial da Presidência, apresentou falha em um motor logo após a decolagem. A aeronave precisou realizar sobrevoos para reduzir o peso antes de pousar em segurança no aeroporto mexicano. O incidente levou Lula a anunciar a compra de novos aviões.
Em fevereiro de 2025, o avião presidencial interrompeu a decolagem no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, também por um problema técnico. Cerca de 20 minutos depois, o avião foi liberado para o voo, sem maiores contratempos.
Já em março deste ano, em Sorocaba, no interior de São Paulo, o avião presidencial realizou uma arremetida durante a aproximação para o pouso devido a ventos de cauda acima dos limites de segurança. Minutos depois, a aeronave pousou normalmente pela cabeceira oposta.
O que diz o governo
Em nota, o governo afirmou que a aeronave de Lula foi trocada antes de decolar de Belém, no Pará, com destino a Breves, na Ilha de Marajó. “Inicialmente, o trajeto seria feito em um C-105 Amazonas, da Força Aérea Brasileira (FAB), que não integra a frota presidencial, mas foi escolhido por ser adequado às condições da pista no município de destino”, disse o comunicado.
“O avião é usado com frequência para transporte de tropas e cargas, além do deslocamento do presidente quando é necessário pousar em pistas curtas. Ainda em solo, durante os procedimentos de acionamento dos motores, foi identificado um problema técnico-operacional na aeronave. Por precaução e seguindo protocolos de segurança, a FAB optou por utilizar uma aeronave reserva (sempre disponível nas missões presidenciais). O modelo utilizado foi um C-97 Brasília”, continuou.
O voo foi realizado normalmente e o presidente cumpriu toda a agenda prevista em Breves em segurança e sem alterações no roteiro.