PM dá tapa em adolescente que brincava com arma de gel no quintal da avó em SP

Familiares registraram boletim de ocorrência; garoto teria sido apontado como ladrão de moto, mas descrição não correspondia

26 dez 2025 - 10h11
(atualizado às 10h43)
Resumo
Adolescente de 13 anos foi agredido por policial militar em Hortolândia (SP) enquanto brincava com uma arma de gel no quintal da avó; família registrou boletim de ocorrência e denúncia aponta abordagem injustificada.
Policial militar foi filmado dando tapa em adolescente que brincava com arma de gel no quintal da avó
Policial militar foi filmado dando tapa em adolescente que brincava com arma de gel no quintal da avó
Foto: Reprodução/EPTV

Um adolescente de 13 anos foi agredido por um policial militar durante uma abordagem na última quarta-feira, 24, véspera de Natal, em Hortolândia (SP). O momento em que o menino recebe um tapa no rosto foi registrado em um vídeo, e levou a família a registrar um boletim de ocorrência.

Segundo a família informou à polícia, o adolescente estava no quintal da casa da avó, no bairro Vila Real, brincando com uma arma de gel, e o portão estava fechado. Policiais militares passavam pela área procurando um suspeito de roubo de motocicleta, segundo informações da EPTV.

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Um homem que estava em um carro teria apontado para o adolescente, dizendo que ele seria o suspeito do crime. De acordo com os familiares, a descrição do autor do roubo não correspondia ao menino, principalmente por causa das roupas que ele usava.

Um policial foi até o portão e pediu para que o jovem abrisse. O agente, então, o segurou pela camiseta e o puxou para fora da casa. A família diz que o policial não fez perguntas, e exigia saber onde estaria a suposta motocicleta roubada.

Parte da abordagem foi filmada, e é possível ver o agente segurando o adolescente com força, perguntando sobre a moto, e depois dando um tapa no rosto do garoto. O jovem aparece com as mãos levantadas e não reage em nenhum momento.

A abordagem só foi terminada quando o tio do adolescente, que é policial penal, chegou e se identificou. Após ser liberado, o garoto começou a chorar, segundo a família.

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O Terra entrou em contato com a Secretaria da Segurança Pública (SSP) e com a Polícia Militar (PM), mas não houve retorno até a publicação desta reportagem.

Fonte: Portal Terra
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