Menino de 10 anos liga para o 190 e salva mãe em crise convulsiva com ajuda de PM

Criança chorava ao ver mãe passando mal, mas conseguiu seguir orientações de policial

7 nov 2025 - 14h20
(atualizado às 15h00)
Resumo
Menino de 10 anos liga para o 190 e, seguindo orientações de um policial, salva sua mãe durante uma crise convulsiva em Santos, contando ainda com a ajuda de uma vizinha até a chegada da ambulância. Após o susto, eles visitaram o Batalhão da PM para agradecer ao agente.
Samuel, de 10 anos, salvou a vida da mãe, Patrícia, que teve crise convulsiva em casa. Ele ligou para o 190 e seguiu orientações de PM
Samuel, de 10 anos, salvou a vida da mãe, Patrícia, que teve crise convulsiva em casa. Ele ligou para o 190 e seguiu orientações de PM
Foto: Reprodução/TV Tribuna/Globo

Um menino de 10 anos salvou a vida da mãe durante uma crise convulsiva em Santos, no litoral de São Paulo. O garoto, Samuel Lara Dias, ligou para o 190, da Polícia Militar (PM) e conseguiu pedir ajuda ao policial, seguindo as orientações em meio ao desespero. A mãe do menino, Patrícia Lara Dias, estava desacordada durante o atendimento.

A PM divulgou o áudio da ligação feita pelo garoto nesta sexta-feira, 7. Na gravação, é possível ouvir que a mãe ainda está consciente, e orienta o menino a falar seu nome, mas Patrícia desmaiou depois. A mulher relatou, em entrevista à TV Tribuna, que sentiu um formigamento no corpo e dor no peito, e que o coração estava com batimentos irregulares. 

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Samuel estava dormindo quando a mãe apareceu no quarto dele para pedir ajuda, e se deitou na cama, com uma piora dos sintomas. Foi quando o garoto ligou para o 190, perceptivelmente nervoso com a situação e preocupado com a mãe.

Ao ligar para a polícia, o menino disse que a mãe estava desmaiando, e foi orientado pelo policial. Veja o diálogo a seguir:

— Polícia Militar, emergência.

— (Mãe falando) Fala seu nome…

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— Meu nome é Samuel. Eu tô aqui do lado da minha mãe, e o coração dela está batendo estranho.

— Não entendi.

— O coração dela está batendo estranho

— Quem está batendo na sua mãe?

— O coração dela…

— Qual idade você está?

— 10 anos. Tô ao lado da minha mãe e o coração dela tá batendo estranho.

— Qual endereço?

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— Eu não sei, embaixo tem um estacionamento.

— Tua mãe tá acordada?

— Ela tá desmaiada. Mãe!

O policial pergunta ao menino qual é o endereço, mas a criança não sabe explicar. Com calma, o agente orienta Samuel a buscar ajuda da portaria pelo interfone.

— Tem porteiro?

— Tem.

— Avisa o porteiro que uma ambulância vai chegar para encaminhar pro teu apartamento

— Mas eu não sei avisar.

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— Quantos anos você tem?

— Eu tenho 10.

— Sua mãe tá respirando?

— Tá.

— Lentamente ou rapidamente?

— Tá parando. Mãe, acorda!

— Ó, fica comigo na linha. Vai até o interfone.

— (choro)

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— Não chora, vai até o interfone. Vê se tem a tecla portaria. Toca no apartamento do zelador ou de alguém aí. Vê se alguém vai te atender. Ninguém está atendendo?

— Não. (choro)

— Eu estou pedindo ajuda para você aí. Sua mãe está acordada? Balança o ombro dela. Chama o nome dela. O coração dela está batendo? Estou pedindo apoio para você.

— Você não consegue me dizer o nome do prédio onde você mora?

Sem resposta da portaria, o menino começou a bater nas portas de vizinhos do condomínio, sendo orientado pelo policial. Uma mulher abriu a porta e tomou o controle da situação, até a chegada da ambulância, que levou sete minutos para chegar ao endereço.

— Bate na porta de um vizinho, vai pedir ajuda. Fala que você está com a polícia na linha e quer confirmar o endereço. Deixa eu falar com um adulto.

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— Eu tô com o policial.

— Oi, eu sou a vizinha. Ele veio bater aqui na minha porta.

— Senhora, por favor, ele não sabe o endereço. Qual o endereço?

A mulher passa o endereço ao policial.

— Deixa eu te perguntar. Fala pra mim o estado da vítima.

— Ela tá tremendo, tá tremendo inteira na cama.

— Olha pra ela, olha pra ela. Pergunta… Ela tá respirando? Verifica se ela tá respirando.

— Tá. Ela tá respirando, ela parou de tremer um pouco. Ela para e volta, para e volta.

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— Ela tá tendo uma crise convulsiva.

Após o susto, a mãe e o filho foram até o Batalhão da PM em Santos para agradecer pessoalmente o policial que fez o atendimento por telefone. Emocionada, Patrícia disse que estava com “dois heróis”, o filho e o agente. Samuel também se emocionou e agradeceu ao policial, e foi elogiado pela coragem diante da situação.

Fonte: Portal Terra
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