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Pior presídio do País começa a ser demolido no RS

Susepe nega que transferências possam levar facções para o interior do Estado com esvaziamento do Central

14 out 2014 - 12h07
(atualizado às 12h44)
O pavilhão C era usado sem as mínimas condições estruturais
O pavilhão C era usado sem as mínimas condições estruturais
Foto: Daniel Favero / Terra

O Presídio Central de Porto Alegre, que já foi considerado o pior do País, começou a ser demolido nesta terça-feira em ato simbólico realizado pelas autoridades locais. O primeiro pavilhão a ser destruído foi o C, que abrigava os presos que não tinham ligação com facções criminosas, os denominados Unidos pela Paz. 

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Os 363 presos alojados no pavilhão onde começou a demolição foram transferidos para a Penitenciária Modulada Estadual de Montenegro, a 60 quilômetros da capital. A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) nega que as facções possam atuar no interior. 

O Presídio Central de Porto Alegre foi considerado o pior do País
Foto: Daniel Favero / Terra

Desde junho deste ano, a casa prisional com capacidade para 1,6 mil presos, mas que já abrigou 5,2 mil pessoas, começou a transferência para vagas criadas nas cidades de Canoas e outras unidades novas recém entregues. Atualmente o Presídio Central abriga mais de 3,7 mil.

Segundo o governo gaúcho, desde 2011, foram entregues 2.870, e a expectativa é de que a atual gestão abra 7 mil novas vagas. 

Secretário de Segurança Pública, Airton Michels, dá início simbólico a demoloição
Foto: Daniel Favero / Terra

Os trabalhos de demolição do primeiro pavilhão devem ser concluídos dentro de 20 dias e, em seguida, começam os trabalhos no D, que fica ao lado. Para a demolição do C, 363 presos foram transferidos para Montenegro.

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Entretanto, a demolição dos pavilhões mais antigos e sem condições de uso não significa o fim do Central, que passará a abrigar apenas presos provisórios e representam cerca de 2 mil dos 3,7 mil alojados no local. “Não podemos ficar sem uma casa provisória”, afirma o superintendente da Susepe, Gelson Treiesleben. 

Pavilhão C será o primeiro a ser demolido
Foto: Daniel Favero / Terra

Facções em outros presídios

Ainda de acordo com o superintendente, o problema das facções tinha estrita relação com a superlotação. “Isso diminui com a individualização da pena, que acontece quando se tem o número apropriado de vagas, o que diminui a valorização das facções. Porque hoje, os presos são recebidos pelos presos”, diz.

Um dos exemplos dos problemas da superlotação, além da fadiga estrutural do presídio, era a necessidade de manter as grades das celas abertas, já que o espaço não comportava todos presos ali abrigados. 

Fonte: Terra
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