Defesa de americana que afirma ter sido estuprada em hotel diz que vítima precisou de tratamento psiquiátrico

Agressão teria acontecido no dia 27 de setembro de 2024

23 out 2025 - 17h24
(atualizado às 17h39)
Resumo
Americana de 57 anos que alega ter sido estuprada por funcionário de hotel em São Paulo enfrenta graves consequências psicológicas, busca indenização de US$ 150 mil e aguarda julgamento agendado para janeiro de 2026.
Hotel Blue Tree em São Paulo
Hotel Blue Tree em São Paulo
Foto: Reprodução/Instagram

A defesa da americana que diz ter sido estuprada por um funcionário em um hotel de luxo em São Paulo afirmou que a rede Blue Tree tem colocado “obstáculos” nas negociações pelo pagamento de indenização. A vítima pede US$ 150 mil (R$ 807,9 mil) em indenização por danos morais e materiais.

De acordo com a nota, a mulher de 57 anos ainda enfrenta “sérias consequências psicológicas”, inclusive chegando a ficar internada em uma clínica psiquiátrica. Ela ainda tenta retornar à vida após a agressão.

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Segundo a versão da vítima, em seu último dia de estadia no hotel para um evento corporativo no Brasil, na noite de 27 de setembro de 2024, a americana não conseguiu pedir jantar por telefone e, por isso, foi até a recepção para fazer o pedido. 

O rapaz, então, perguntou se poderia levar o vinho até o quarto. Ela disse à polícia que o pedido não lhe pareceu incomum e então aceitou. Câmeras de segurança registraram a ida deles ao quarto, onde a agressão teria acontecido. 

Exames do Instituto Médico Legal (IML) indicaram que a vítima sofreu conjunção carnal e constataram presença de sêmen na vagina e no ânus. Ela também teve escoriações nos braços e nas pernas.

Por meio de nota, a defesa do réu alegou que houve uma relação consensual com a mulher.

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O que diz a direção do hotel

Em nota, a direção do hotel Blue Tree informou que "sempre tem como prioridade o bem-estar e a segurança de seus hóspedes" e que "não compactua nem compactuará com qualquer conduta imprópria eventualmente praticada nos seus empreendimentos". A rede afirmou que colabora "integralmente com qualquer apuração ou investigação".

Veja o posicionamento da defesa da vítima:

“O escritório Grassi Novaes Advocacia representa uma cidadã norte-americana que foi estuprada por um funcionário de um hotel da rede Blue Tree Paulista, em São Paulo, em setembro de 2024. A vítima, de 57 anos, estava na cidade para um evento corporativo e, naquela noite, havia pedido comida e vinho ao hotel. O funcionário, então, se ofereceu para levar os itens até o quarto e, ao entrar, a violentou sexualmente. Durante as investigações foram colhidos laudos periciais que confirmaram lesões compatíveis com violência física  e  sexual, além da presença de sêmen e registros de câmeras de segurança que mostram o autor do crime entrando e saindo do quarto da vítima. O inquérito foi concluído e encaminhado ao Ministério Público do Estado de São Paulo, que, em abril deste ano, ofereceu denúncia pelo crime de estupro. Há audiência de instrução e julgamento agendada para o dia 27 de janeiro de 2026. A vítima, que retornou aos  EUA após o crime, ainda enfrenta sérias consequências psicológicas, tendo passado por internação em uma clínica  psiquiátrica. Ela segue em tratamento e busca retomar sua vida com o apoio da família e dos profissionais que a acompanham. Paralelamente, buscamos uma indenização no valor de USD 150 mil junto ao Blue Tree por danos morais e materiais, considerando que  a rede hoteleira não prestou auxílio à vítima em nenhum momento. No entanto, o hotel há meses tem imposto obstáculos às tratativas e, até o momento, não houve avanço significativo. 

Reforçamos  que o caso  veio  a  público  recentemente em razão da denúncia oferecida  pelo Ministério Público e de estratégias adotadas pelas bancas de advocacia, nas esferas cível e criminal. Além disso, os autos correm sob sigilo, razão pela qual não é possível disponibilizar cópias do inquérito policial ou de documentos internos do processo. A expectativa da vítima e de suas advogadas é de uma condenação justa, diante da gravidade dos fatos. Seguimos atuando para que a justiça seja feita e para que a vítima obtenha o reconhecimento e a reparação que merece”.

* Com informações de Estadão Conteúdo.

Fonte: Portal Terra
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