O ativista de extrema direita Bruno Silva foi preso em Portugal por ameaças de morte à jornalista brasileira Stefani Costa, marcando o primeiro indiciamento no país por ameaças e discurso de ódio.
O ativista de extrema direita português Bruno Silva, de 30 anos, foi detido nesta semana após ter feito ameaças de morte à jornalista brasileira Stefani Costa. A informação foi divulgada pela Polícia Judiciária de Portugal. Silva é conhecido nas redes sociais por publicações com apologia ao nazismo e à xenofobia.
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A prisão ocorreu na última terça-feira, 21, em Vila Nova de Gaia, na região metropolitana do Porto, durante uma operação antiterrorismo. Segundo a CNN Portugal, as investigações revelaram que Silva mantinha vários perfis online em que divulgava conteúdos de ataque contra imigrantes brasileiros e de países africanos.
Em uma publicação feita no dia 11 do mês passado, Silva afirmou que doaria um de seus apartamentos no centro de Lisboa, avaliado em 300 mil euros, a quem realizasse um “massacre e exterminasse pelo menos 100 brasileiros” no país. Na sequência, prometeu um “bônus de 100 mil euros” a quem lhe trouxesse a cabeça de Stefani.
No X (antigo Twitter), a jornalista comemorou a decisão e destacou que essa é a primeira vez em que alguém é indiciado em Portugal por ameaças e discurso de ódio.
“Notícia histórica: Bruno Silva continuará preso! Agradeço o apoio e o carinho que tenho recebido de tanta gente boa. Jornalismo nunca foi para covardes”, escreveu.
notícia histórica: Bruno Silva continuará preso!
é a primeira vez em Portugal que alguém indiciado por ameaças e discurso de ódio recebe essa medida. agradeço o apoio de @operamundi e o carinho que tenho recebido de tanta gente boa ❤️
jornalismo nunca foi para covardes pic.twitter.com/EXvh7S1CbD
— Stefani Costa (@sttefanicosta) October 23, 2025