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SP: Plano funerário emergencial prevê caminhões frigoríficos

Cidade já reforçou número de coveiros, de carros funerários e faz esforço para a abertura de covas

23 abr 2020 - 10h08
(atualizado às 10h24)

A Prefeitura de São Paulo finalizou na noite desta quarta-feira, 22, um plano de emergência para o serviço funerário da cidade que busca evitar o colapso no sepultamento de corpos. Entre as medidas, há a previsão do uso de caminhões frigoríficos para acomodar os corpos dependendo do aumento da demanda. Os detalhes serão apresentados nesta quinta, 23, pelo prefeito Bruno Covas (PSDB), em uma entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado.

O plano prevê níveis de medidas a serem adotadas de acordo com os cenários da evolução da covid-19 na cidade. Há ações de contingência até para o caso de haver colapso em outras cidades da região metropolitana, o que provocaria aumento dos enterros na capital.

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O temor é a ocorrência na cidade de cenas que ocorrem em outras regiões, como o Amazonas, onde corpos chegaram a ficar nos leitos hospitalares, ao lado de pacientes, com as equipes de sepultamento sobrecarregada.

Funcionários abrem covas em cemitério de Vila Formosa, em São Paulo
02/04/2020
REUTERS/Amanda Perobelli
Funcionários abrem covas em cemitério de Vila Formosa, em São Paulo 02/04/2020 REUTERS/Amanda Perobelli
Foto: Reuters

O plano vem sendo estudado desde a semana passada e vem depois de uma série de ações que a Prefeitura já adotou diante do aumento da demanda. Elas incluem a contratação de uma empresa de mão de obra terceirizada, para reforçar a equipe de coveiros, por R$ 8,9 milhões, de gavetas isolantes (para envolver caixões de corpos enterrados nas gavetas dos túmulos e dos cemitérios verticais) e da locação de mais 22 carros para o transporte dos corpos.

Na cidade, os enterros estão sendo feitos em cerimônias de até 10 minutos, restrita aos familiares mais íntimos. Coveiros e outros servidores usam equipamentos de proteção individual para evitar contaminação.

Em situações normais, a cidade recebe uma média de 100 corpos por dia de outros municípios e exporta 20. Antes da crise, a cidade fazia 240 sepultamentos ou cremações diariamente, com uma estrutura para atender até 350, que é a média dos meses de inverno. Já no início da crise, no fim de março, as funerárias já relatavam aumento dos sepultamentos.

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Desde o começo da crise, 919 pessoas já morreram na cidade por causa do coronavírus. Além disso, a Prefeitura aguarda a confirmação de exames em mais 1.442 corpos.

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