Nivardo Paz: quem é compositor dos famosos acusado de assédio sexual

Conhecido como 'Faraônico', o compositor já trabalhou com os maiores nomes atuais do gênero

8 set 2025 - 21h31
(atualizado às 22h01)
Resumo
O compositor sertanejo Nivardo Paz foi acusado de assédio sexual por duas cantoras, Paolla Diaz e Hevelin Lorys, com relatos de episódios envolvendo promessas de parcerias profissionais e situações de abuso.
Nivardo Paz, compositor de várias canções sertanejas de sucesso, é acusado de assédio sexual e estupro
Nivardo Paz, compositor de várias canções sertanejas de sucesso, é acusado de assédio sexual e estupro
Foto: Reprodução/Record

O compositor Nivardo Paz, autor de sucessos no sertanejo gravados por artistas como Lauana Prado e e Simone e Simaria, enfrenta acusações de assédio sexual. As cantoras Paolla Diaz e Hevelin Lorys relataram situações semelhantes, nas quais afirmam ter sido enganadas pelo músico sob a promessa de parcerias profissionais com artistas nacionalmente conhecidas.

Quem é Nivardo Paz?

O compositor é natural de Itainópolis, no interior do Piauí. Ele é um nome conhecido nos bastidores da música sertaneja. Autor de grandes sucessos como Recaídas, da dupla Henrique & Juliano, Prisão sem Grade e Invasões — canções compostas em parceria com Maiara & Maraisa e interpretada por Jorge & Mateus —, ele se consolidou como um dos compositores mais requisitados do gênero nos últimos anos.

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Além disso, já atuou na produção musical de Simone & Simaria e, ao lado de Simaria, assina o hit Meu Violão e o Nosso Cachorro, que marcou o álbum Bar das Coleguinhas.

Denúncia

Paolla foi a primeira a denunciar, em julho de 2025. Ela afirmou nas redes sociais ter sido vítima de assédio sexual e cárcere privado no apartamento do compositor, em São Paulo, ao ter sido convidada para compor uma música. Segundo o relato, Nivardo tentou convencê-la a beber, teria restringido sua saída e até a convidado para dormir. Assustada, ela gravou áudio no momento. "Vamos tentar dormir", disse ele em um áudio exibido pelo Domingo Espetacular.

Para deixar a casa do homem, ela negou querer dormir e afirmou que sairia para comprar outra bebida que a agradasse. Ainda assim, o suspeito teria a impedido fisicamente. 

A cantora contou que conseguiu deixar o local pela escada de emergência e acionou a polícia. Nivardo foi preso em flagrante e, segundo a reportagem, recebeu os agentes apenas de cueca. Ele foi liberado após pagar fiança, e o processo acabou arquivado por falta de provas, segundo a vítima. O Terra buscou a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) sobre o andamento das denúncias. Até o momento, não obteve resposta.

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Diante da informação de que outra mulher denunciou Nivardo, Hevelin Lorys também decidiu se manifestar. Natural de Goiânia, ela relatou ter viajado a São Paulo após receber convite do compositor para participar de um projeto com Lauana Prado e Simaria. Durante o encontro com Nivardo em um hotel, aceitou uma bebida oferecida pelo compositor e diz não se lembrar de mais nada. "Quando dei fé de tudo, estava de calcinha, debaixo do chuveiro e comecei a chorar pedindo pra ele não fazer nada. Ele passava a mão na minha perna e me chamava de 'anja'", afirmou.

Hevelin gravou uma ligação entre os dois após o ocorrido. "E eu dei em cima de você, né?", perguntou Nivardo. A cantora respondeu: "Você está falando que sim e eu não gostei". O compositor então rebateu: "Eu não dei em cima de você?! Eu tentei te c**** e abusei de você", disse, rindo. 

Nivardo negou as acusações. Sobre o caso de Paolla, afirmou que não estava vestido de forma inadequada quando a cantora chegou, nem impediu sua saída. Disse ainda que o convite para dormir foi mal interpretado: "Eu estava bêbado e eu chamei para dormir. Mas chamar para dormir é chamar para quê? Para fazer sexo?"

Em relação a Hevelin, o compositor afirmou que ela ficou embriagada e tentou ajudá-la. Ele relatou que a levou para o chuveiro, retirou parte das roupas e depois a conduziu de volta ao quarto. Sobre o áudio em que aparece admitindo abuso, alegou ter falado sem consciência: "Eu falei bêbado. Bêbado, às vezes, não sabe o que fala".

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Já Hevelin contou que, após retornar a Goiânia, tentou registrar um boletim de ocorrência, mas não conseguiu porque o crime teria ocorrido em outro estado. 

Fonte: Redação Terra
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