O governo de São Paulo interditou, até a tarde desta quarta-feira, 1º, seis estabelecimentos suspeitos de ligação com a crise de intoxicação por metanol. As ações, de caráter cautelar, envolvem bares, adegas e distribuidoras. O envolvimento dos locais ainda está sob investigação.
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As interdições ocorreram em quatro bairros da capital (Bela Vista, Itaim Bibi, Jardins e Mooca) além de dois municípios da Grande São Paulo: São Bernardo do Campo e Barueri.
Segundo balanço oficial, mais de 50 mil garrafas de bebidas alcoólicas já foram apreendidas em todo o estado ao longo deste ano. Nesta quarta-feira, um lote de 128 mil garrafas de vodca foi lacrado em Barueri e aguarda a apresentação de documentação para liberação.
De acordo com Manoel Lara, diretor do Centro de Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo (CVS), as fiscalizações foram intensificadas a partir das notificações do sistema de saúde. "As ações, do ponto de vista da vigilância sanitária, foram intensificadas quando tivemos comprovações dos casos e dos endereços onde a pessoa supostamente consumiu. Tivemos essas informações a partir das notificações do sistema de saúde que atenderam essas pessoas e familiares. A partir disso, direcionamos as nossas ações", explicou.
A Secretaria de Estado da Saúde confirmou 10 casos de intoxicação por metanol em São Paulo, sendo um deles fatal, de um morador da capital. Outros 27 casos, sendo 5 óbitos, seguem em investigação.
A pasta reforça que qualquer paciente que apresente sintomas incomuns após o consumo de bebidas alcoólicas deve buscar atendimento médico imediato. A recomendação inclui exames laboratoriais e avaliação oftalmológica. Entre os sinais de alerta estão dores abdominais intensas, tontura e confusão mental. Segundo a Secretaria, o socorro nas primeiras seis horas após o início dos sintomas é essencial para evitar o agravamento do quadro.
