Zeli dos Anjos, mãe de Diego e sogra de Deise --mulher acusada de matar três pessoas por envenenamento em bolo-- aceitou pela primeira vez, após cerca de dois meses do crime, conversar com a imprensa.
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Em entrevista à RBS, filial da Rede Globo no Rio Grande do Sul, ela demonstrou dificuldade em caminhar e mexer a ponta dos dedos da mão, consequências do envenenamento por arsênio.
"Do joelho pra baixo está muito dormente. Eu não tenho sensibilidade nenhuma. Não posso ficar em pé sozinha e nem caminhar sozinha. Nas pontas dos dedos, também. Não consigo pegar uns comprimidos direito. Mas é só", relatou.
Durante a conversa ela explica que, na visão dela, o crime foi cometido por crises de ciúmes com todos que se aproximassem do seu filho. "Desde o início, ela quis descartar as mais chegadas. A primeira coisa que ela fez foi com a Tati (uma das mortas por envenenamento), prima mais chegada ao Diego. Depois, a Regina, que era a tia mais chegada. Ela já começou a descartar", diz.
Segundo Zeli, Deise também se esforçava para tirar até mesmo amigos de perto do marido. Como foi o caso com um colega de infância de Diego. "Enquanto ela não conseguiu separar eles, ela não sossegou, fazendo fofoquinha, fazendo intriguinha e briguinha."
No dia 13 deste mês, Deise foi encontrada morta na Penitenciária de Guaíba. Ela estava sozinha na cela.