A Renault vai dar continuidade ao processo de renovação de sua linha no Brasil com o lançamento do Boreal, SUV médio que chega para concorrer com Jeep Compass e Toyota Corolla Cross. Nas ruas até o fim do ano, o novo modelo representa um salto grande em relação aos antigos Duster e Captur, ao trazer plataforma nova, sistemas de assistência à condução e diversos itens de conveniência para colocar a Renault pela primeira vez na faixa dos SUVs ao redor dos R$ 200 mil.
Ainda sem preços e versões reveladas, o Boreal antecipado pela marca, na que deve ser a versão topo de linha, chamou atenção logo pelo porte. São 4,56 metros de comprimento, e 2,70 metros de entre-eixos, ou 16 cm a mais comprido do que um Compass, 10 cm a mais que um Corolla Cross, e entre-eixos 6 cm maior do que os dois SUVs também.
O capô é alto, com corte abrupto para a grade frontal, que abriga o logo renovado da marca, já adotado pelo Kardian. A dianteira, aliás, traz faróis de LED adornados pelas luzes diurnas que invadem a grade e o para-choque, descendo pela lateral em direção ao farol de neblina. O resultado estético é diferente e interessante, embora lembre um pouco a mais recente reestilização do Hyundai Tucson vendida nos Estados Unidos.
Sob o capô, a Renault optou por equipar o Boreal sempre com o motor 1.3 turbo flex de 163 cv já conhecido de Duster e Captur. Mas em vez do CVT, entra o câmbio de dupla embreagem e seis marchas usado no Kardian, acionado por uma pequena alavanca no console. A tração é sempre dianteira, com cinco modos de condução, selecionados por um botão giratório ao lado do câmbio.
Nada de eletrificação, ao menos por enquanto. Segundo a marca, a Renault quer abordar primeiro a fatia com maior participação no segmento, para depois investir nos eletrificados, cuja presença ainda representa uma fatia menor.
Vale lembrar que até então a Renault sequer estava no segmento de SUVs médios, portanto cada Boreal vendido já significa um passo adiante num terreno novo para a marca. Isso porque a marca ensaiou trazer o Koleos em 2016, mas de última hora cancelou a vinda do modelo e desde então trabalhava para ter um competidor à altura da pesada concorrência.
E, ao menos parado, o Boreal parece ter credenciais para a briga. E se ele tiver os mesmos bons modos ao volante que o Kardian, sairá na frente de muitos rivais sem sal. Mas isso só saberemos quando ele chegar às ruas no fim do ano.
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