As montadoras têm adiado cada vez mais a aposentadoria dos motores a combustão, mas esse movimento favorece principalmente os motores a gasolina.
Na Europa, os propulsores a diesel enfrentam um cenário bem mais desfavorável, pressionados por normas ambientais cada vez mais rigorosas. Essa tendência já começa a impactar o segmento de picapes médias: a Ford está prestes a retirar os motores diesel da Ranger no continente.
Modelos como o Ford Kuga já abandonaram completamente o diesel. Por enquanto, a Ranger europeia ainda conta com o motor 2.0 EcoBlue turbodiesel de 170 cv, mas sua aposentadoria está marcada. Ele será substituído pela versão híbrida plug-in, a nova Ranger PHEV.
Segundo informações do site Professional Van, um porta-voz da Ford confirmou que essa variante eletrificada assumirá o lugar da diesel a partir do início de 2026.
Apesar disso, a Ford ainda avalia manter outras opções no mercado europeu, como o motor 2.3 EcoBoost a gasolina e o V6 3.0 turbodiesel, ao menos por mais algum tempo.
Ranger PHEV é mais potente que a diesel
A nova Ranger PHEV combina o motor 2.3 EcoBoost com um motor elétrico de 102 cv acoplado à transmissão automática de 10 marchas. O conjunto gera 281 cv e 70,3 kgfm de torque, superando em força até mesmo a versão V6 diesel.
A principal vantagem desse sistema está na tração: o motor elétrico atua antes da transmissão, o que permite manter a tração 4x4 puramente mecânica, com torque imediato nas quatro rodas.
A Ford afirma que isso reduz a complexidade do conjunto mecânico e mantém intacta a capacidade de carga e reboque da picape, embora o preço final seja cerca de US$ 3 mil mais alto.
Contudo, a Ranger híbrida plug-in pode rodar até 50 km no modo 100% elétrico, graças a uma bateria de 11,8 kWh, com tempo de recarga inferior a quatro horas. A autonomia total, somando ambos os motores, ainda não foi revelada oficialmente.
Entretanto, a grande questão é que o motor 2.0 diesel tem forte presença na linha Ranger europeia, equipando desde a versão de entrada XL até a esportiva Raptor.
No entanto, diante das metas cada vez mais restritivas de emissões da União Europeia, a Ford optou por tirá-lo de cena, em vez de arcar com as pesadas multas ambientais.