A Ford está expandindo sua operação em General Pacheco, na Argentina, com foco total na produção da picape Ranger. A unidade industrial passa por uma modernização que aumentará sua capacidade de montagem diária de 350 para 380 unidades, resultando em uma produção anual estimada de 85 mil veículos. Essa expansão abre caminho para o lançamento de novas versões da picape.
Segundo informações do site argentino Radar Post, duas novas variantes da Ranger estão na mira da Ford. A primeira é uma versão com cabine simples, voltada para o uso profissional em áreas como agricultura e construção civil. Atualmente, tanto no Brasil quanto na Argentina, a Ford não oferece a Ranger especificamente pensada para o trabalho pesado.
No mercado brasileiro, por exemplo, a versão de entrada é a XL, que, apesar de vir com motor 2.0 turbodiesel de 170 cv e câmbio manual, inclui equipamentos que podem ser dispensáveis para uso comercial, como a central multimídia de 10 polegadas.
Essa nova configuração mais simples da Ranger deve ser a primeira a ser lançada, com apresentação prevista já para os próximos meses. No entanto, o grande destaque fica por conta de uma possível versão híbrida da picape, que também pode ser produzida em território argentino.
Projeto da Ranger híbrida segue uma incógnita
O projeto da Ranger híbrida, no entanto, continua envolto em certa indefinição. Fornecedores da cadeia automotiva afirmam que a Ford já deu sinal verde, com base em reuniões técnicas e encomendas recebidas. Já a montadora, por sua vez, adota um discurso mais conservador, dizendo que a decisão final ainda não foi tomada.
Se confirmada, a produção da Ranger híbrida começaria apenas em 2027, com unidades de pré-série previstas para o final de 2026. A expectativa é que cerca de 16 mil unidades híbridas sejam produzidas anualmente, reforçando o papel da fábrica de General Pacheco como polo exportador. Com isso, não seria surpresa se essas novas versões passassem a figurar nos planos da marca também para o mercado brasileiro.
Ford Ranger PHEV é mais potente que versão diesel
A nova Ranger PHEV combina o motor 2.3 EcoBoost com um motor elétrico de 102 cv acoplado à transmissão automática de 10 marchas. O conjunto gera 281 cv e 70,3 mkgf de torque, superando em força até mesmo a versão V6 diesel.
A principal vantagem desse sistema está na tração: o motor elétrico atua antes da transmissão, o que permite manter a tração 4x4 puramente mecânica, com torque imediato nas quatro rodas. A Ford afirma que isso reduz a complexidade do conjunto mecânico e mantém intacta a capacidade de carga e reboque da picape, embora o preço final seja cerca de US$ 3 mil mais alto.
Contudo, a Ranger híbrida plug-in pode rodar até 50 km no modo 100% elétrico, graças a uma bateria de 11,8 kWh, com tempo de recarga inferior a quatro horas. A autonomia total, somando ambos os motores, ainda não foi revelada oficialmente.
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