Os carros elétricos tiveram crescimento moderado em vendas, mas subiram muito em algo mais importante: visibilidade cultural. Entre janeiro e novembro de 2025, o Brasil registrou 68.300 elétricos puros vendidos, alta de 19% sobre o ano anterior. Não é uma explosão, mas foi o suficiente para transformar o EV em um símbolo de modernidade. E, dentro desse movimento, nenhuma marca brilhou mais que a BYD.
O impacto aparece nos números: a BYD responde por 73% de todos os elétricos vendidos em 2025, muito à frente da Volvo (7%) e da GWM (4%). Mas o fenômeno vai além do mercado. A marca virou tendência estética, virou assunto de rede social, virou o “carro do futuro” no imaginário brasileiro.
O símbolo dessa virada é o BYD Dolphin Mini, campeão absoluto com 28.600 unidades até novembro. Agora montado na Bahia no padrão SKD, ele colocou o elétrico no radar de quem antes nem cogitava um EV – por causa do preço competitivo, da pegada jovem e do visual que rende cliques e comentários. Não por outro motivo, a GM começa a montar o Chevrolet Spark EUV no Ceará (também como SKD).
A combinação de silêncio ao rodar, telas grandes e design chamativo criou aquela sensação de estar dirigindo um smartphone gigante quando se está a bordo de um carro elétrico. E isso fala diretamente com uma geração visual, conectada e faminta por novidades.
Por isso, mesmo sem ser o tipo de carro mais vendido do país, o elétrico já virou moda cultural. É o carro que mais desperta curiosidade, que mais aparece em vídeos, que mais simboliza “estar à frente”. E, nesse território do desejo, a BYD domina a conversa como nenhuma outra marca. Onde isso vai levar? Projete alguns anos no futuro e terá a resposta.