Jogamos: Terror cooperativo de Phasmophobia continua mais tenso do que nunca

O terror cooperativo mais famoso da internet segue evoluindo

14 nov 2025 - 16h41
Phasmophobia e o terror cooperativo que que continua mais tenso do que nunca
Phasmophobia e o terror cooperativo que que continua mais tenso do que nunca
Foto: Reprodução / Kinetic Games

Terror cooperativo sempre teve seu espaço, mas poucos jogos conseguiram marcar presença como Phasmophobia. Ele virou assunto em comunidade, em live, em clipe viral, tudo por causa dessa mistura de tensão constante com a sensação de estar entrando em um lugar onde claramente não deveríamos estar. Mesmo ainda em acesso antecipado, o jogo continua chamando atenção por esse clima único que não precisa de muito para deixar qualquer cenário desconfortável.

E essa sensação fica ainda mais clara quando você finalmente entra no jogo. Basta alguns minutos para perceber como ele trabalha o silêncio, a iluminação e aquela tensão que cresce devagar, do jeito certo. Nada chamativo demais. Só o suficiente para te deixar atento ao menor barulho e curioso para ver até onde essa investigação pode ir.

Publicidade

Atividade paranormal 

Já conhecia Phasmophobia por ser referência em jogo cooperativo, principalmente entre quem faz livestream, mas só agora pude jogá-lo de fato. Por ainda estar em acesso antecipado, ficou claro desde o início o motivo do sucesso e do porquê a equipe prolonga tanto esse período antes do lançamento definitivo.

Um dos avisos ao iniciar o jogo incentiva o uso de fones de ouvido para ter a experiência completa, e sem exagero algum isso realmente faz diferença. O trabalho de som é excelente, com portas rangendo mesmo quando estamos distantes, rádios chiando em cômodos diferentes e um senso perfeito de direção para cada barulho. Pequenos ruídos espalhados pelo cenário que elevam bastante a imersão.

Quando de fato entramos no jogo, a primeira parada é a sala de preparativo, que funciona como um pequeno esconderijo antes da missão. É ali que escolhemos o local que vamos investigar e quais equipamentos serão levados. A lista é bem variada, com canetas que detectam anomalias, um leitor de EMF que parece ter saído de um filme e serve para identificar evidências da presença de um fantasma, além de itens clássicos de programas de investigação sobrenatural, como câmera de vídeo e luz UV.

Publicidade
Foto: Reprodução / Matheus Santana

Essa etapa inicial é divertida pela variedade de opções, que inclui itens opcionais como crucifixo, incenso e sensor de movimento. Meu único problema foi a limitação de equipamentos que podemos carregar nas mãos durante as investigações, principalmente jogando solo. O personagem só consegue levar três itens, e o restante fica na van que nos leva até a missão. Isso acaba tirando um pouco o sentido de comprar kits-relâmpago, já que não é possível usar tudo de uma vez, exigindo idas constantes até o veículo. Em alguns momentos, jogar o equipamento no chão acaba sendo mais prático do que voltar até a van.

Quando entramos nas casas e demais locais para iniciar as investigações paranormais, o objetivo é coletar as evidências necessárias para descobrir qual tipo de fantasma está ali. Pode ser um espírito, uma assombração, um poltergeist ou até mesmo um Oni, entre várias outras possibilidades. A meta não é exatamente enfrentar essas entidades, mas sobreviver, identificar o tipo correto e catalogar tudo no final para receber o pagamento do trabalho.

Foto: Reprodução / Matheus Santana

A jogabilidade é simples e um pouco truncada, o que faz sentido pelo foco mais realista, embora a interação com objetos pudesse ser melhor. Algo que realmente merece ser destacado é o medidor de sanidade que faz a diferença.

Esse sistema funciona como a régua da agressividade das assombrações. Quanto mais baixo for o nível de sanidade, mais hostis elas se tornam, o que impacta diretamente o ritmo da partida. Se você for pego, é fim de jogo na hora. É um ótimo diferencial quando comparado a outros jogos de terror no mesmo estilo. Só acho que ele poderia ser melhor ajustado, já que em algumas partidas a sanidade caiu mesmo antes de eu sair da van.

Publicidade

Considerações

Mesmo em acesso antecipado, Phasmophobia continua mostrando por que se tornou um dos jogos cooperativos mais comentados dos últimos anos. A atmosfera funciona, o áudio faz diferença real na tensão e o sistema de sanidade ainda é um dos elementos mais inteligentes dentro do gênero. Por outro lado, algumas limitações de inventário e certos detalhes da interação deixam claro que ainda existe espaço para polimento.

Ainda assim, o que ele entrega já é suficiente para explicar seu sucesso. É um jogo que continua evoluindo devagar, mas com passos firmes, e que deve ficar ainda mais assustador quando chegar à versão final.

Phasmophobia está disponível em acesso antecipado para PC, PlayStation 5 e Xbox Series.

Fonte: Game On
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações