A largada da nova geração já começou! O motor tá roncando bonito e o Nintendo Switch 2 já largou com os dois pés no acelerador. E quem veio pilotando esse novo foguete da Big N foi ninguém menos que Mario Kart World, o primeiro grande exclusivo da nova geração. Já adianto: é um baita jogo, recheado de ideias novas, muita nostalgia e aquele tempero caótico que a gente AMA na franquia. Mas, como toda corrida, tem seus obstáculos na pista. Então bora destrinchar tudo com jeitinho de quem testou até o último atalho possível.
Jogabilidade insana e caos organizado com 24 corredores
A Nintendo realmente ligou o turbo na jogabilidade. São 24 corredores na mesma pista! Isso transforma qualquer corrida em um verdadeiro campo de batalha motorizado. Cada curva vira uma briga por posição, cada item pode virar a chave da vitória ou da derrota. O drift continua suave como manteiga, e agora temos acrobacias, pulos com manobras e transições entre pistas que mudam dinamicamente.
As pistas? Um show à parte. São 32 circuitos, sendo 12 reformulados de clássicos, mas o destaque vai pra estrutura interligada: as pistas se conectam como se fossem um “modo aventura”, tipo o que a gente vê em Forza Horizon, só que com cascos vermelhos, bananas e trilhas sonoras no jeitão da Nintendo.
Modo Eliminatória: adrenalina pura
Agora, segura essa: o modo Eliminatória é uma das melhores coisas da franquia em anos. A cada volta, a pista muda — você entra num trecho da Pradaria Mu-Mu, passa por uma parte da Estrada Arco-Íris, depois desce uma ladeira estilo Wario Stadium. É muito legal! E como se não bastasse o caos natural de ter 24 oponentes tentando se matar, você ainda corre contra o tempo e contra a eliminação.
E sim, o famigerado casco azul ainda existe. MAS... agora, você pode neutralizar ele com o item Super Buzina. É uma buzina sonora poderosa que explode o casco e salva sua corrida na última curva. Nintendo, obrigado por essa benção!
Modo Livre: explore, colecione, se divirta
O Modo Livre é outro mimo. Ele funciona como um lobby interativo pro modo online, mas é bem mais que isso. Você pode dirigir livremente, fazer missões, desbloquear skins, encontrar colecionáveis e ficar girando o motor por aí sem se preocupar com nada. Lembra um pouco o feeling do mundo aberto de Crash Team Racing ou Forza Horizon em miniatura. Pena que por enquanto o mapa não marca direito o que já foi feito — vacilo leve.
Outro vacilo foi a retirada do modo 200cc, o que deixa a gente meio que de sobre-aviso que deve vir alguma atualização (ou DLC) por aí. Também não dá pra mexer na rodinha dos carrinhos, infelizmente, como fazíamos no último Mario Kart 8 do Switch.
Visual repaginado e performance sólida
No visual, Mario Kart World é um colírio pros olhos. Estilo cartoon mais arredondado, tudo com shaders, efeitos animados e explosões de cores. O jogo brilha no dock a 4K a 60 FPS e surpreende no modo portátil: com uma estabilidade que eu sinceramente não esperava. Nada de bugs ou quedas de framerate, mesmo nas pistas mais frenéticas. A nova Estrada Arco-Íris, por exemplo, é um espetáculo psicodélico em forma de curva.
A trilha sonora é outro golaço. Remixes nostálgicos, faixas inéditas com temas orquestrados, e aquele charme sonoro que só a Nintendo sabe entregar. É o tipo de jogo que você joga sorrindo, mesmo quando perde.
Boas ideias, mas matchmaking ainda emperra
A Nintendo melhorou muita coisa, mas esqueceu de afinar outras. O matchmaking com amigos ainda é arcaico, estilo 2006. Se você quiser jogar com mais de um amigo em uma corrida online, vai ter que fazer umas gambiarras tech. Abre sala aqui, entra lá, espera vago... Não tem por que ser assim em pleno 2025. Que venha uma atualização urgente!
Por outro lado, o GameChat veio como boa surpresa. Você pode falar com a galera usando só o console, com áudio limpo. Nada de app de celular esquisito como antigamente.
Localização completa em português do Brasil
Sim! Mario Kart World está totalmente em português do Brasil. Menus, textos, tutoriais, tudo traduzido com carinho — inclusive os nomes das pistas e dos modos. Isso facilita muito a vida de quem joga com filhos, sobrinhos, netinhos (meu caso, sim sou velho) ou quem tá conhecendo a franquia agora. É um diferencial que mostra como o mercado BR tá sendo bem tratado nessa nova geração.
O polêmico preço e o veredito final
Agora, vamos ao ponto polêmico: o preço. O jogo chega tanto no digital quanto na loja oficial da Nintendo na Amazon por R$ 500, mas se você quiser comprar o jogo físico, dá pra achar entre R$ 470 a R$ 490 em lojas de terceiros tipo Mercado Livre, o que obviamente mostra que alguém comprou mais barato lá fora pra revender por aqui. É muita grana, especialmente pra quem já gastou no console. Mas se você comprou o Switch 2 e tá procurando aquele jogo pra justificar o investimento, Mario Kart World é ele. E se for comprar o console em bundle, o preço do jogo sai pela metade — ponto positivo.
Conclusão: Mario Kart World é pura diversão e merece seu lugar no pódio
Mesmo com o ponto fraco do matchmaking e a ausência do modo 200cc, Mario Kart World é o tipo de jogo que define uma geração. Ele mostra o poder do Switch 2, entrega jogabilidade afiada, visual encantador, conteúdo generoso e ainda aquele toque mágico que só a Nintendo entrega.
Se você tá começando agora no Switch 2, essa é a largada perfeita. E se alguém perguntar se o console vale a pena, é esse o jogo que você vai mostrar. Pode confiar.
