O leilão online de cerca de 90 bens do ex-jogador de futebol argentino Diego Maradona, morto em novembro de 2020, realizado em Buenos Aires, no último domingo (19), foi considerado um fracasso.
De acordo com cálculos da agência de notícias AFP, as vendas feitas a pedido da juíza Luciana Tedesco para quitar dívidas e despesas deixadas pelo ex-craque rendeu apenas US$26 mil. No total, o patrimônio não vendido é superior a US$1,4 milhões.
Ao todo, 87 lotes, incluindo dois automóveis BMW e uma caixa de charutos cubanos, foram oferecidos por valores iniciais entre US$ 50 a 900 mil.
Os principais itens, como uma villa em Buenos Aires que Maradona comprara para os pais, nem mesmo receberam oferta. O leilão foi considerado uma decepção, apesar de mais de 1,5 mil compradores potenciais - baseados na Itália, América do Sul, França, Reino Unido, Rússia e Emirados - terem se registrado para participar da compra online que durou apenas três horas e meia, segundo os organizadores.
O lance mais alto foi dado para uma pintura de Maradona intitulada 'Entre Fiorito y el cielo', da artista Lu Sedova, que foi vendida por US$ 2.150. Já a fotografia do ex-jogador com o ex-líder cubano Fidel Castro foi vendida a um comprador de Dubai por US$ 1,6 mil.
"Os leilões são assim: não dá para saber o resultado antes que acabem", comentou o organizador, Adrian Mercado. "Esperávamos muito, mas a realidade é que [o resultado final] é sempre uma incógnita", acrescentou.
Entre os lotes não vendidos mais valiosos, além da casa em Buenos Aires - avaliada em US$ 900 mil - há um apartamento localizado no resort Mar del Plata, avaliado em US$ 65 mil, dois BMWs, por US$ 390 mil, e uma van Hyundai, por US$ 38 mil.
Dos outros lotes menores, há um quadro de Marilyn Monroe comprado por um argentino por US$1,5 mil, uma camisa do Napoli com o número 10 nas costas também por US$1,5 mil e uma caixa de charutos cubanos por US$550.
O dinheiro arrecadado será destinado ao pagamento de dívidas e despesas, e não será distribuído entre os herdeiros, inclusive suas filhas e filhos. Agora, o tribunal terá que decidir o que fazer com os bens não vendidos.