"Brasiilia, Brasiilia". Os gritos fortes vêm das arquibancadas da Le Coq Arena, em Tallinn. Centenas de garotos fazem coro pelos jogadores da Seleção assim que eles entram em campo para o único treino antes do amistoso desta quarta-feira, contra a Estônia.
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Alguns segundos de silêncio. Até que Kaká aparece saindo do vestiário. Os mais de cem garotos, todos loirinhos e quase todos com olhos azuis, recebem novo sinal e cantam: "Kaká, Kaká, Kaká". Foi com essa "torcida organizada" que o time de Dunga se preparou para o primeiro duelo do segundo semestre.
Para os pequenos estonianos, na faixa entre cinco e 10 anos, foi a realização de um sonho. Desde as primeiras horas do dia, eles já estavam no estádio ensaiando a maneira como iriam receber os craques brasileiros.
Assim que os jornalistas chegaram para o treino da tarde, eles viraram os personagens. Posaram para fotos, cantaram, fizeram graça. E depois, em fila indiana, foram até seus lugares esperar pelo treino.
No gramado, Dunga comandou um treino leve, já que a maioria dos jogadores vem de uma desgastante pré-temporada nos clubes europeus. Kaká, por exemplo, estava com o Real Madrid na América do Norte. Júlio César, Maicon e Lúcio vieram direto da China, onde disputaram a Supercopa da Itália com a Inter de Milão.
Após a tradicional roda de bobinho, o técnico enfatizou alguns lances de bola parada, pedindo até para esta parte do treino não ser filmada ou fotografada. Depois, aconteceu o tradicional rachão, com vitória do time de Robinho sobre o de Kaká por 3 a 2.
Será o primeiro duelo da história entre Brasil e Estônia. A equipe européia ocupa o 122° lugar no ranking da Fifa e não tem tradição no futebol. Seu melhor resultado nos últimos meses foi um empate sem gols contra Portugal em amistoso disputado em junho na mesma Le Coq Arena.