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Figo: "reeleição de Blatter mostra que Fifa está doente"

29 mai 2015 - 15h56
(atualizado às 17h13)

O ex-jogador português Luís Figo, que há poucos dias desistiu da candidatura à presidência da Fifa, afirmou após a reeleição de Joseph Blatter que "hoje (sexta) foi outro dia negro em Zurique", no qual "perderam a Fifa, o futebol e todos os que verdadeiramente se preocupam com ele".

"Esta votação só serviu para aprovar a eleição de um homem que não pode se manter na liderança do futebol mundial. Ao contrário do que o senhor Blatter disse, os acontecimentos de quarta-feira não mancham o futebol, e sim a Fifa e os responsáveis que comandaram a organização até aqui. O futebol não tem culpa que os líderes da entidade não tenham integridade, nem caráter", afirmou.

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Figo retirou sua candidatura à presidência da Fifa, mas manteve oposição a Blatter
Figo retirou sua candidatura à presidência da Fifa, mas manteve oposição a Blatter
Foto: Leonhard Foeger / Reuters

Em sua conta no Facebook, Figo declarou que "não se pode liderar a Fifa ignorando as regras mais elementares de transparência, legalidade e democracia" e que a reeleição de Blatter "mostra que a organização está doente".

"O senhor Blatter conhecia e tolerava atos de corrupção e tráfico de influência, ou se não sabia - como ele disse - é porque não tem a capacidade para comandar a Fifa. Não há outra maneira de ver o problema", acrescentou.

Figo também comentou a "reação lamentável e cínica de Blatter" ao lembrar as palavras do mandatário da Fifa, que disse que "não pode controlar todos".

Blatter conseguiu se reeleger para quinto mandato consecutivo
Foto: Philipp Schmidli / Getty Images

"Isso ofende a inteligência de todos nós. Foram essas pessoas que ele promoveu há anos e que, com ele, fizeram da Fifa o que é hoje, um organismo decadente. Se Blatter se preocupasse minimamente com o futebol, teria desistido de se candidatar à reeleição. Se tiver um mínimo de decência, terá que renunciar nos próximos dias", analisou.

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Figo garantiu que não se arrepende de nada após "lutar, insistir e esforçar pela regeneração de uma entidade que tem que mudar de rumo. Segundo ele, há "uma situação de emergência e o futebol é o maior prejudicado pela situação atual".

"O que fiz foi denunciar o que vivenciei diretamente. Faria o mesmo novamente e continuo disponível para ajudar a Fifa superar todo isso", concluiu.

  
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