O Comitê Consultivo de Especialistas Internacionais de Arbitragem, criado pela CBF neste ano, emitiu um parecer validando a decisão do árbitro Bruno Arleu de Araújo em marcar o pênalti cometido pelo zagueiro Cacá, no duelo entre Corinthians e Red Bull Bragantino, no último domingo, pela 13ª rodada do Brasileirão.
O lance ocorreu aos 26 minutos do primeiro tempo, quando Vinicinho invade a área e, ao tocar a bola com a cabeça, foi interceptado por Cacá. O zagueiro do Corinthians estende a perna e depois a recolhe, pondo em dúvida se houve o contato ou não com o atacante.
O Comitê Internacional que revisou a jogada é formado pelo italiano Nicola Rizzoli, pelo argentino Néstor Pitana e pelo brasileiro Sandro Meira Ricci. Além do trio, Rodrigo Cintra, diretor de arbitragem da CBF, e Fabricio Vilarinho, membro da Comissão de Árbitros da CBF, também participaram da reunião.
- O parecer técnico do Comitê Internacional é de que houve pênalti no lance citado. O jogador do Corinthians não consegue alcançar a bola no ar e com sua perna obstrui a passagem do jogador do Red Bull Bragantino dentro da área penal. O contato da perna do defensor com o corpo do atacante é na altura do ombro e fica também evidenciado pelo movimento da perna direita do defensor após o referido contato - afirmou o Comitê.
No campo, o árbitro Bruno Arleu não marcou pênalti, e reafirmou, em comunicação com o VAR, que Cacá se recolheu depois de estender a perna e que o contato com o atacante do Bragantino era inevitável. Ele repetiu o argumento antes de ser chamado pelo árbitro de vídeo Rafael Traci para rever o lance, com a recomendação de possível pênalti.
Bruno Arleu mudou a interpretação e apontou a marca da cal, revoltando os jogadores do Corinthians e o técnico Dorival Júnior. Na cobrança, Eduardo Sasha converteu a penalidade e abriu o placar para o Bragantino. O Corinthians chegou a empatar mas, com gol marcado aos 52 minutos da segunda etapa, o Massa Bruta saiu vitorioso do confronto por 2 a 1.
