A movimentação nas redondezas da Arena Fonte Nova para o duelo que decide o terceiro lugar da Copa das Confederações, entre Itália e Uruguai, é tranquila na manhã deste domingo. Com poucos torcedores, chama a atenção cartazes de manifestantes que pedem "mais professores" e a finalização da construção do metrô em Salvador.
Neste domingo, havia um protesto marcado para a Praça Campo Grande, com manifestantes que se dirigiriam até as imediações da Fonte Nova. Enquanto isso, os baianos Danilo Sampaio (40 anos, administrador) e Gabriel Ghizzi Petra (24, biólogo) exibiam os cartazes na entrada do Portão Sul do estádio, na região do Dique do Tororó.
Segundo Gabriel, a ideia foi chamar a atenção das pessoas que não têm acompanhado os protestos. Estes geralmente ocorrem em outra zona da Fonte Nova. Neste domingo, a manifestação marcada para o Campo Grande não reuniu um grande número de pessoas.
Já participante de outros protestos em Salvador, Danilo tinha o punho esquerdo enfaixado. Conforme explicou, ele andava sobre pernas de pau em uma das manifestações e acabou derrubado em meio à confusão quando a Polícia Militar usou bombas de efeito moral para dispersar a multidão.
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"Menos deputados, mais professores", era a inscrição em seu cartaz. Os funcionários que controlam a entrada dos torcedores na Fonte Nova são instruídos a não permitirem que cartazes estejam presentes, mas Danilo disse que conseguiu driblar a segurança para protestar na vitória por 4 a 2 do Brasil sobre a Itália, em 22 de junho, pela última rodada da fase de grupos da Copa das Confederações.
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Neste domingo, os dois amigos não pretendiam ingressar no estádio para acompanhar a partida entre Itália e Uruguai, que entram em campo às 13h (de Brasília) para definir o terceiro colocado da competição.
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