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Rodada do Brasileiro estremece relação entre clubes e VAR

Além de reclamações dos jogadores, CBF vai receber queixa formal sobre arbitragem vinda do Fortaleza, de Ceni

6 mai 2019 - 12h02
(atualizado às 15h58)

A terceira rodada do Campeonato Brasileiro estremeceu a lua de mel entre os times e o árbitro de vídeo (VAR), principal novidade aplicada pela CBF para a edição deste ano do torneio. Depois de 30 partidas realizadas na competição, o recurso recebeu no último fim de semana as críticas mais pesadas, com direito até mesmo a um clube promoter enviar à CBF uma reclamação formal sobre as decisões da arbitragem.

Se o VAR foi criado para acabar com as dúvidas e polêmicas no futebol, o Campeonato Brasileiro tem mostrado até agora que as discussões não devem terminar. Apesar de a Copa do Brasil do ano passado ter utilizado o recurso, assim também como as partidas finais de alguns Campeonatos Estaduais, a principal competição do País ainda parece longe de confiar à tecnologia o papel de encerrar queixas.

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Vista do monitor de checagem do Árbitro Assistente de Vídeo (VAR, na sigla em inglês) antes da partida entre CSA e Santos, válida pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro 2019, no Estádio Rei Pelé, em Maceió
Vista do monitor de checagem do Árbitro Assistente de Vídeo (VAR, na sigla em inglês) antes da partida entre CSA e Santos, válida pela terceira rodada do Campeonato Brasileiro 2019, no Estádio Rei Pelé, em Maceió
Foto: Pei Fon / Raw Image / Estadão

As reclamações mais intensas vieram do Fortaleza, comandado por Rogério Ceni. O atual campeão da Série B perdeu por 1 a 0 para o Botafogo, no Engenhão, e se queixou que a arbitragem não deu um pênalti depois de empurrão de Gilson no atacante Wellington Paulista. O árbitro Wagner Reway chegou a analisar o lance. "O árbitro foi e olhou o VAR. Não sei para que existe, se existe para olhar. Todo mundo olha e vê. Ele interpretou de forma errada, na minha opinião", criticou o técnico Rogério Ceni.

"O árbitro veio ver o VAR, olhou o VAR e também não deu o pênalti. É pênalti, tem de dar. Se tem o VAR, é para quê? Não é para auxiliá-los? Estão colocando para auxiliar, mas eles não querem", afirmou o atacante Wellington Paulista. A diretoria do Fortaleza também ficou irritada. O presidente do clube, Marcelo Paz, prometeu protocolar nesta segunda-feira na CBF uma queixa formal contra a arbitragem.

"O que aconteceu foi inadmisível de passar em branco. O VAR é uma tecnologia excelente e cumpriu seu papel, identificou a falta e chamou a arbitragem. Mas o árbitro brigou com a imagem, ao não dar o pênalti", reclamou o dirigente ao Estado. "Não podemos achar normal um árbitro cometer um erro dessa natureza e a gente ficar calado diante disso", completou.

O empate por 1 a 1 entre São Paulo e Flamengo no Morumbi gerou reclamação pelo motivo oposto: falta de revisão de imagens por parte do árbitro. Do lado paulista, a grande crítica foi pela cotovelada do zagueiro Thuler no atacante Alexandre Pato, que sofreu lesão na região cervical, teve de deixar o gramado mais cedo e é dúvida para a próxima partida.

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"É lance de expulsão, não tem nem o que dizer. É um lance que o atleta chega um pouquinho atrasado, e por isso ele adianta o cotovelo para que o contato não fosse mais forte", afirmou o coordenador técnico do clube, Vágner Mancini. O Flamengo, por sua vez, criticou um possível pênalti não marcado. O clube entendeu que o zagueiro Bruno Alves tocou com a mão na bola após disputar jogada pelo alto com Rafael Santos. O lance ocorreu nos minutos finais da disputa, mas nada foi marcado, o que provocou muita reclamação. No jogo do Morumbi, houve reclamações dos dois lados em relação ao VAR.

Mesmo após uma vitória marcante, o técnico do Fluminense, Fernando Diniz, aproveitou a ocasião para reclamar da atuação do VAR em partidas anteriores. Apos os 5 a 4 sobre o Grêmio, em Porto Alegre, o treinador disse que a tecnologia falhou em outras ocasiões, como na primeira rodada, quando o time carioca perdeu para o Goiás. "Bom frisar que poderíamos estar com seis pontos agora. O VAR, contra o Goiás, nos tirou a vitória. Hoje, se não tivesse um árbitro firme, poderíamos ter sido prejudicados também", disse. "O VAR apita contra o Fluminense sempre."

Nesta terceira rodada, o VAR alterou a decisão de campo em três dos dez jogos disputados. No sábado, o Vasco teve um pênalti assinalado contra o Corinthians graças à tecnologia. Máxi López converteu. No mesmo dia, no jogo Ceará e Atlético-MG teve um gol anulado depois da revisão do lance no vídeo. No domingo, em Salvador, o vídeo corrigiu marcação de um pênalti dado equivocadamente para o Bahia contra o Avaí.

A CBF ainda não se manifestou sobre o assunto.

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