Fluminense recorre ao passado para explicar o presente

24 nov 2014 - 13h12

Contando com a constante injeção de dinheiro da Unimed, um dos principais patrocinadores no futebol do Brasil, o Fluminense mais uma vez começou a temporada de 2015 projetando a conquista de títulos. Porém, o que se viu em campo foi pouco para concretizar tais sonhos. No Campeonato Carioca o time sequer chegou à final, o que custou a demissão do técnico Renato Gaúcho e a contratação de Cristóvão Borges. Na Copa do Brasil a eliminação veio de maneira trágica, com uma goleada de 5 a 2 sofrida para o América-RN em pleno Maracanã, no Rio de Janeiro.

A saída da Copa do Brasil automaticamente classificou o Fluminense para a Copa Sul-Americana e o sonho de um título continental, então algo inédito, começou a povoar o imaginário da torcida. Porém a queda veio logo na primeira fase, diante do Goiás. No Campeonato Brasileiro, o Tricolor, que chegou a liderar, caiu de produção e restou apenas sonhar com a Copa Libertadores. Porém, depois da goleada de 4 a 1 para a Chapecoense, no meio de semana, e do empate por 2 a 2 com o Sport, no domingo, as chances são quase que desprezíveis.

Publicidade

Para entender tantos fiascos, os profissionais do clube estão recorrendo a um passado recente e acreditam que ainda existe um certo reflexo do que aconteceu no fim do ano passado. Dentro de campo o Fluminense foi rebaixado no Campeonato Brasileiro, mas conseguiu a sua permanência na elite do futebol nacional no Tapetão. Por decisão do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), a Portuguesa foi punida com a perda de quatro pontos e o Fluminense se salvou da queda.

O fato gerou a ira de todas as demais torcidas, que até hoje responsabilizam o Fluminense pela virada de mesa de 1996, que também evitou o rebaixamento do clube. Além disso, beneficiado pela criação da Copa João Havelange, em 2000, o Fluminense pulou da Série C diretamente para a Primeira Divisão.

"Acho que para explicar a campanha atual é preciso vê-la como sendo positiva, pois não dá para fugir do que aconteceu no ano passado. O Fluminense começou essa temporada sendo o clube mais odiado do Brasil. Se criou uma conjuntura de todos contra o Fluminense e fomos hostilizados em diversos jogos como visitante, principalmente no começo do Campeonato Brasileiro e da Copa do Brasil", analisou Cristóvão.

O treinador acredita que o Fluminense foi vítima de uma má interpretação coletiva.

Publicidade

"Pagamos pelos erros dos outros. Isso foi muito complicado, pois além da hostilidade longe de casa, existia uma grande preocupação com o comportamento do time dentro de campo", disse Cristóvão.

O atacante Fred foi mais um a analisar o passado para defender a atual campanha.

"Não fica frustração pela campanha. Temos que lembrar que esse time caiu no ano passado. Não jogamos a Série B devido ao erro da Portuguesa. Temos que ser realistas mesmo que isso não sirva de argumento. Esse ano foi difícil para a gente", disse Fred.

A delegação retornou de Pernambuco nesta segunda-feira e os jogadores foram liberados em seguida. Nesta terça-feira, à tarde, acontece à reapresentação nas Laranjeiras e o início da preparação para o duelo contra o Corinthians, marcado para este domingo, às 17h (de Brasília), no Maracanã, no Rio de Janeiro (RJ), pela penúltima rodada do Brasileirão.

Gazeta Esportiva
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se