A temporada de estreia de Rafaela Ferreira na F1 Academy, sua primeira experiência em um ambiente internacional, marcou um divisor de águas em sua trajetória no automobilismo. A catarinense conversou com exclusividade com o Portal Parabólica, e comentou sobre a diferença de competitividade que estava acostumada no cenário nacional e revelou os próximos passos para 2026.
Para Rafaela Ferreira, a diferença entre a piloto que era no início do ano e a de agora é significativa.
“É totalmente diferente do que a gente está acostumado aqui, para falar a verdade. É um nível muito mais alto. Eu achava que eu era piloto profissional, mas na verdade foi esse ano que eu me tornei uma piloto profissional”, disse, ressaltando a responsabilidade de entregar desempenho dentro de uma equipe altamente estruturada.
A brasileira também destacou o alto nível das adversárias, muitas delas já com experiência em categorias de base. Isso, somado ao alto grau de profissionalismo das equipes ligadas diretamente à Fórmula 2 e Fórmula 3, elevou o padrão de cobrança ao longo da temporada. Ainda assim, Rafaela vê o cenário como um fator motivacional.
“Isso me traz mais um impulsionamento, eu diria, para melhorar e me dedicar. Sabendo que eu estou representando não só eu, não só a minha cidade e o meu estado, eu represento meu país”, afirmou.
Questionada sobre adaptação e desafios no exterior, Rafaela explicou o formato das etapas da F1 Academy, que oferece tempo reduzido de treino antes das corridas, exigindo aprendizado rápido de pistas inéditas. Porém, ela garantiu que fora das pistas, a adaptação foi facilitada pelo ambiente da equipe espanhola (Campos Racing), onde a barreira linguística não se mostrou um problema.
Integrante da Visa Cash App Racing Bulls dentro do programa da Red Bull F1 Academy, a catarinense reconhece a importância da estrutura à sua disposição, que inclui acesso a engenheiros e simulador. Ao mesmo tempo, ela sabe que as oportunidades vêm acompanhadas de cobrança por resultados.
“Para mim é muito legal, porque eu torço para o Max, torcia para Red Bull, é o time que eu queria estar”, ainda comentou, sobre fazer parte de uma equipe que sempre admirou.
Para 2026, Rafaela revelou com exclusividade ao Parabólica que o foco permanece sendo a F1 Academy, mas que também participará de etapas da Fórmula 4 Britânica, visando ganhar experiência em pistas que fazem parte do calendário internacional.
Pensando no futuro, ela mantém a mente aberta para outras categorias. Mesmo com a paixão pelos carros de fórmula, Rafaela não descarta turismo ou endurance, e cita até uma possível participação em campeonatos como Porsche Cup ou Stock Light mais adiante.
Por enquanto, os próximos passos seguem focados em 2026, mas o discurso da pilota é claro.
“O automobilismo pede resultados”.
“Então, se eu vou bem aqui, uma porta se abre lá”.
