Fred Vasseur diz que mudança nas regras das asas flexíveis no GP da Espanha pode ser "um divisor de águas"

O chefe da equipe Ferrari, Frédéric Vasseur, está esperançoso com uma reviravolta da equipe após um início ruim de temporada; Vasseur afirmou que as mudanças de meio de temporada nas regras da Fórmula 1 sobre asas flexíveis "podem ser um divisor de águas" no cenário competitivo da parte da frente do grid. A FIA, órgão […]

15 mai 2025 - 21h12
(atualizado às 21h12)
Charles Leclerc extende vínculo com a Ferrari
Charles Leclerc extende vínculo com a Ferrari
Foto: Esporte News Mundo

O chefe da equipe Ferrari, Frédéric Vasseur, está esperançoso com uma reviravolta da equipe após um início ruim de temporada; Vasseur afirmou que as mudanças de meio de temporada nas regras da Fórmula 1 sobre asas flexíveis "podem ser um divisor de águas" no cenário competitivo da parte da frente do grid.

A FIA, órgão regulador do esporte, publicou uma diretiva técnica em janeiro anunciando que testes de flexibilidade mais rigorosos nas asas dianteiras seriam introduzidos no Grande Prêmio da Espanha, nona etapa da temporada, que acontece de 30 de maio a 1º de junho.

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A Ferrari teve um início de campanha desastroso, estando já 152 pontos atrás da líder do Campeonato de Construtores, a McLaren, após apenas seis etapas.

Espera-se que a maioria das equipes leve pacotes de atualizações para o Grande Prêmio da Emilia-Romagna, a primeira corrida europeia da temporada, mas Vasseur acredita que as alterações que as equipes precisarão fazer para cumprir as novas regras em Barcelona podem ter um impacto ainda mais significativo.

Em uma entrevista exclusiva à Sky Sports F1 na quarta-feira (14), na sede da Ferrari em Maranello, Vasseur declarou:

"Estamos num ponto em que é difícil fazer uma grande atualização no carro, porque depois de quatro anos com o mesmo regulamento estamos mais lutando nos detalhes. A maior mudança provavelmente será na Espanha, pois teremos uma mudança clara de regulamento com uma asa dianteira completamente nova. Isso pode mudar um pouco o cenário do campeonato. Vamos esperar por isso. Pode ser uma redefinição no panorama imediato, mas não no campeonato. O piloto que liderar o campeonato na Espanha continuará liderando depois da Espanha, mas, em termos de performance pura, pode ser um divisor de águas."

Os comentários de Vasseur são mais uma indicação de que os rivais da McLaren acreditam que a equipe que dita o ritmo poderá sofrer uma perda de desempenho com a mudança no regulamento, com o chefe da Red Bull, Christian Horner, tendo expressado repetidamente seu interesse no impacto da nova diretiva técnica.

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Os pilotos da McLaren, Oscar Piastri e Lando Norris, que ocupam respectivamente o primeiro e o segundo lugar no campeonato de pilotos, disseram estar confiantes de que as mudanças não afetarão sua equipe.

A diretiva reduzirá o nível permitido de flexibilidade das asas dianteiras de 15 mm para 10 mm de movimento, com a implementação adiada para dar tempo suficiente às equipes para se adequarem às exigências.

A FIA já havia endurecido as regras sobre a flexibilidade das asas traseiras na segunda etapa da temporada, na China, mas isso não pareceu alterar significativamente a ordem competitiva.

"Carro fraco dificultou adaptação de Hamilton"

Havia grande expectativa em torno da Ferrari para esta temporada após a contratação bombástica de Lewis Hamilton, vindo da Mercedes, mas o início do heptacampeão mundial com a equipe italiana tem sido decepcionante.

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Hamilton está apenas em sétimo lugar no campeonato de pilotos, enquanto seu companheiro de equipe, Charles Leclerc, está apenas 12 pontos à frente, em quinto.

O britânico teve momentos de alegria com uma vitória na Sprint na China e um terceiro lugar no formato curto em Miami, mas tem tido dificuldades, especialmente em classificação e em ritmo de corrida completa — até mais do que Leclerc.

Vasseur acredita que as dificuldades gerais do carro tornaram a adaptação de Hamilton, após 12 anos na Mercedes, ainda mais complicada.

Ele explicou:

"O carro não está no nível que esperávamos. Se compararmos com o ano passado, por exemplo, significa que não estamos numa situação ideal. E acho que, nessa situação, é ainda mais difícil para um piloto novo se adaptar ao carro. Acho que, se você está voando e vencendo todo fim de semana, é muito mais fácil se adaptar à equipe. Mas eu diria que, enquanto a colaboração for positiva e construtiva, mesmo que não tenhamos resultado em todos os finais de semana, estamos melhorando o entendimento entre nós — não apenas comigo, mas com o lado técnico também. Acho que isso está indo na direção certa e estou bastante confiante para o futuro."

Hamilton foi manchete na última corrida, em Miami, após se mostrar frustrado pelo rádio com as decisões estratégicas do time, mas Vasseur insiste que não se incomoda com esse tipo de reação — desde que haja uma conversa construtiva depois.

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Ele concluiu:

"Nunca fico chateado com isso, desde que possamos ter uma boa discussão depois. Temos que lembrar que eles estão pilotando a 330 km/h em Miami, entre muros, sob pressão e com o resultado em jogo. Eles não ficam felizes, às vezes, com o resultado, com a estratégia ou com o equilíbrio do carro — e estão ao vivo para milhões de pessoas. O mais importante para mim é o conteúdo do debriefing."

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