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Taxas futuras de juros caem no Brasil pela 3ª sessão consecutiva com novo alívio nos Treasuries

29 nov 2023 - 16h47

As taxas dos contratos de DI fecharam a quarta-feira em queda no Brasil, pela terceira sessão consecutiva, novamente em sintonia com o recuo dos yields dos títulos norte-americanos, que repercutiam comentários de autoridades do Federal Reserve e dados econômicos corroborando a tese de que o ciclo de alta de juros nos EUA está encerrado.

No Brasil, a Fundação Getulio Vargas informou pela manhã que o Índice Geral de Preços-Mercado (IGP-M) subiu 0,59% em novembro, ante 0,50% em outubro. O percentual ficou praticamente em linha com a expectativa dos analistas em pesquisa da Reuters, de alta de 0,60% em novembro.

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Apesar de observado pelos investidores, o dado de inflação pouco fez preço na curva de juros brasileira, que esteve mais uma vez colada na queda dos rendimentos dos Treasuries.

Ainda repercutiam nos EUA os comentários do diretor do Fed Christopher Waller na tarde de terça-feira, de que as autoridades do banco central parecem cada vez mais confortáveis em encerrar 2023 sem mexer na taxa básica de juros.

"O mercado está comprado nesta ideia, de que terminou o ciclo (de alta de juros), com o Fed podendo eventualmente cortar a taxa no primeiro semestre (de 2024)", pontuou o economista Rafael Pacheco, da Guide Investimentos.

Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA, divulgados na manhã desta quarta-feira, não chegaram a alterar a percepção nos mercados sobre o Fed. Os números mostraram que a economia norte-americana cresceu a uma taxa anualizada de 5,2% no último trimestre, acima do ritmo de 4,9% informado anteriormente. Economistas consultados pela Reuters esperavam que o crescimento do PIB seria revisado para cima, a uma taxa de 5,0%.

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No entanto, o crescimento dos gastos do consumidor, que responde por mais de dois terços da atividade econômica dos EUA, foi revisado para baixo, a uma taxa de 3,6%. Antes, estimava-se uma taxa de 4,0%.

Com os rendimentos dos Treasuries em queda -- embora menor que em sessões anteriores -- as taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) também cederam no Brasil, dando continuidade ao movimento mais recente. Das últimas dez sessões, os juros futuros cederam em seis delas, ficaram praticamente estáveis em duas e subiram apenas em duas.

Apesar do movimento, a curva a termo segue precificando, de forma majoritária, corte de 0,50 ponto percentual da taxa básica Selic, hoje em 12,25% ao ano, em dezembro.

Perto do fechamento a curva a termo precificava em 94% as chances de o corte da Selic em dezembro ser de 0,50 ponto percentual. Já as chances de corte de 0,75 ponto percentual eram precificadas em 6%.

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No fim da tarde a taxa do DI para janeiro de 2025 estava em 10,435%, ante 10,421% do ajuste anterior, enquanto a taxa do DI para janeiro de 2026 estava em 10,06%, ante 10,088% do ajuste anterior.

Entre os contratos mais longos, a taxa para janeiro de 2027 estava em 10,125%, ante 10,184%, enquanto a taxa para janeiro de 2028 estava em 10,37%, ante 10,421%. O contrato para janeiro de 2031 marcava 10,75%, ante 10,792%.

Durante a tarde, o Tesouro Nacional informou que a dívida pública federal subiu 1,58% em outubro ante setembro, para 6,172 trilhões de reais, em um mês marcado pelo aumento da aversão ao risco no ambiente externo. No período, a dívida pública interna somou 5,928 trilhões de reais, uma elevação de 1,60%, enquanto a dívida pública federal externa atingiu 244 bilhões de reais, alta de 1,05%.

Às 16:39 (de Brasília), o rendimento do Treasury de dez anos --referência global para decisões de investimento-- caía 5,40 pontos-base, a 4,2821%.

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