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Vídeo: assaltos e linchamentos atrapalham resgates no RS

Voluntários envolvidos no trabalho de resgate na região de Canoas e São Leopoldo começaram a portar espingardas como medida de dissuasão contra possíveis criminosos

6 mai 2024 - 15h42
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A polícia do Rio Grande do Sul (RS) registrou furtos e assaltos a mão armada em bairros alagados da capital, Porto Alegre. Cidades vizinhas de Canoas, São Leopoldo e Sapucaia do Sul também estão reféns dos crimes. Segundo relatos, os assaltantes estão usando motos aquáticas e se aproveitam da escuridão da cidade, que teve o fornecimento de energia elétrica suspenso.

Homens armados em barcos à procura de saqueadores no Rio Grande do Sul
Homens armados em barcos à procura de saqueadores no Rio Grande do Sul
Foto: Reprodução/Redes Sociais / Perfil Brasil

A Brigada Militar (BM) confirmou que, no domingo (5), prendeu dois homens ao abordarem um barco de resgate, que estava lotado de desabrigados. Policiais militares fardados, que estavam presentes na embarcação, deram voz de prisão aos criminosos. Além disso, a BM registrou o furto de dois barcos no bairro Mathias Velho.

De acordo com o vistoriador Charles da Silva Pacheco, de 37 anos, em entrevista ao O Globo, "os bandidos também aproveitam o momento em que as pessoas saem de suas casas com pertences de valor, como dinheiro". Ele mora no bairro de Rio Branco, em Canoas, cidade vizinha da capital. 

Na casa de Pacheco, a inundação atingiu três metros no sábado, logo após as águas represadas do rio Gravataí transbordarem pelo dique localizado no bairro do Rio Branco. "Ficamos ilhados desde às 3h da madrugada. Minha esposa e meu bebê de seis meses foram resgatados às 13h. Vieram me buscar às 19h. Consegui levar dois cachorros. Tive de deixar dois gatos para trás. Preciso voltar para alimentar meus bichos e evitar que minha casa seja furtada", contou. Ele e sua família estão na casa de parentes.

Policiais do RS reforçam segurança 

Desde sábado, têm circulado nas redes sociais relatos sobre ocorrências de furtos e roubos na região. Houve até a menção a um incidente envolvendo disparos de arma de fogo e uma vítima ferida.

A Brigada Militar do RS recebeu um chamado pelo número 190 para investigar um incidente de disparo de arma de fogo com uma pessoa ferida. Mas até a manhã de domingo (5), não houve confirmação oficial e nenhum indivíduo ferido por arma de fogo foi registrado em hospitais.

Os voluntários envolvidos no trabalho de resgate na região de Canoas e São Leopoldo começaram a portar espingardas como medida de dissuasão contra possíveis assaltantes, para demonstrar que estão armados.

O coronel Cláudio Feoli, comandante-geral da Brigada Militar, declarou que a corporação está empregando todos os recursos disponíveis, incluindo o cancelamento de férias por tempo indeterminado, para lidar com a situação. "Estamos trabalhando em regime de exceção, em um cenário de guerra, com esforços focados em salvar vidas."

Feoli também mencionou que durante uma operação de resgate em um local com pouca iluminação no sábado à noite, um criminoso abordou um barco tripulado por policiais militares uniformizados, mas as autoridades o detiveram mesmo sem ele estar portando armas.

Por volta das 11h de domingo, em São Leopoldo, policiais militares detiveram dois suspeitos pelo roubo de duas embarcações nas proximidades da ponte da Avenida Mauá, no bairro São José.

As autoridades já recuperaram uma das embarcações e continuam a busca pelo terceiro suspeito.

 * Sob supervisão de Lilian Coelho

Perfil Brasil
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