Renault foca em rentabilidade e desiste de compartilhamento de carros

12 dez 2025 - 12h23

A Renault está encerrando serviços de compartilhamento de carros e desacelerando a implantação de estações de recarga de baterias de veículos elétricos da unidade Mobilize, enquanto busca canalizar investimentos para empreendimentos mais lucrativos.

Como parte da reorganização, a montadora francesa também reintegrará as atividades de energia e dados ao grupo principal, informou na sexta-feira.

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A reestruturação cortará cerca de 80 dos cerca de 450 cargos da divisão Mobilize Beyond Automotive. A Renault favorecerá as saídas voluntárias e as mudanças internas de pessoal, disse um porta-voz da empresa.

"Outras atividades... com perspectivas de rentabilidade limitada ou que não atendem diretamente às prioridades estratégicas do grupo estão sendo descontinuadas", disse a Renault em comunicado, mencionando os serviços de compartilhamento de carros Zity em Milão e Madri e o micro veículo elétrico Duo.

Criada em 2021 pelo então presidente-executivo Luca de Meo, a Mobilize foi projetada para explorar novas soluções de mobilidade além do negócio tradicional da Renault de fabricar e vender automóveis, como compartilhamento de carros, serviços de carregamento para veículos elétricos e gerenciamento de dados do usuário.

Mas François Provost, que se tornou o presidente-executivo da Renault no final de julho, decidiu, após uma análise, que o investimento pesado em infraestrutura de carregamento rápido não é mais uma prioridade em meio à alocação restrita de capital e aos desafios do setor.

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"Estamos em um contexto de ajuste da alocação de capital da Renault, a indústria automotiva está em um ambiente difícil e temos muitos investimentos para financiar", disse Jérôme Faton, chefe de energia da Mobilize, à Reuters.

A Renault reduzirá ambições sobre rede de recarga, visando 100 estações na França e mais de 100 na Itália até o final de 2026, muito abaixo da meta declarada anteriormente de 650 em toda a Europa até 2028. Os projetos planejados na Bélgica e na Espanha foram abandonados.

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