O número de norte-americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego aumentou na semana passada, mas isso provavelmente refletiu as dificuldades de ajustar os dados às flutuações sazonais nessa época do ano e não uma mudança significativa nas condições do mercado de trabalho.
Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego aumentaram em 44.000, para 236.000 em dado com ajuste sazonal, na semana encerrada em 6 de dezembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Economistas consultados pela Reuters previam 220.000 pedidos para a última semana.
Os pedidos de auxílio-desemprego haviam caído para o nível mais baixo em três anos na semana anterior, o que foi parcialmente atribuído às dificuldades de ajuste dos dados em torno do feriado de Ação de Graças. Economistas continuam a descrever o mercado de trabalho como em um estado de "não demitir, não contratar", apesar de uma série de demissões em anunciadas por grandes corporações, incluindo a Amazon.
Na quarta-feira, o Federal Reserve reduziu sua taxa de juros de referência em mais 25 pontos-base, para a faixa de 3,50% a 3,75%. No entanto, as autoridades sinalizaram que provavelmente farão uma pausa conforme buscam sinais mais claros sobre a direção do mercado de trabalho e da inflação, que "permanece um pouco elevada".
O banco central dos EUA já cortou os juros três vezes este ano. O chair do Fed, Jerome Powell, disse a repórteres que o mercado de trabalho "parece ter riscos negativos significativos", observando que havia uma supercontagem de criação de vagas fora do setor agrícola, que as autoridades de política monetária acreditam que ainda está persistindo.