A Azul informou nesta sexta-feira, 12, que a Justiça dos Estados Unidos aprovou o seu plano de reorganização, etapa decisiva para a conclusão de seu processo de reestruturação. O plano recebeu mais de 90% de aprovação em todas as classes de credores elegíveis, bem acima do necessário para a validação pela Corte.
Com a decisão, a aérea abre caminho para encerrar o processo no início de 2026, após a conclusão das transações previstas.
Segundo o CEO da companhia, John Rodgerson, o amplo apoio de credores e parceiros estratégicos, como AerCap, American Airlines e United Airlines, "reforça a confiança" na estratégia e no plano de negócios da empresa. "Estamos posicionados para concluir este processo com um melhor índice de alavancagem e um balanço mais robusto do que o esperado", afirmou.
O plano prevê uma reestruturação profunda do balanço da Azul, com redução de mais de US$ 3 bilhões em dívidas, arrendamentos e custos recorrentes de frota. Também inclui uma oferta de direitos de ações de até US$ 950 milhões, dos quais US$ 850 milhões já estão assegurados por parceiros estratégicos.
A proposta ainda incorpora acordos comerciais e revisões nos contratos de arrendamento, ampliando a flexibilidade financeira da empresa.
A expectativa é de que a reestruturação seja finalizada no início de 2026, com a emissão das novas ações previstas no plano.
Durante o processo, a Azul mantém operação normal em sua rede de mais de 130 destinos, reafirmando o compromisso com clientes e tripulantes e destacando que sairá do processo mais resiliente, competitiva e preparada para crescer de forma sustentável.