Método de treinamento individual voltado para melhoria da qualidade de vida das pessoas por meio da corrida de rua. Esta é a fórmula de sucesso da Runners Club, clube de corrida que fatura R$ 2,2 milhões no ano e é comandado pelo professor de educação física Carlos Felipe Albuquerque, mais conhecido como professor Chokito.
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Com uma equipe formada por 17 colaboradores, o clube já reúne 1,2 mil corredores em formato presencial, espalhados nas quatro unidades de Salvador (Barra, Jardim de Alah, Pituba e Pituaçu), além de 300 pelo Brasil afora e outros 12 países, como Estados Unidos, Austrália e Turquia. Em entrevista ao Terra, o baiano de 38 anos conta que sua vontade de fazer algo diferente na área foi precursor do que colhe hoje.
"Em 2004, quando eu ingressei na faculdade, eu tinha duas escolhas: ou ser professor de academia ou professor de escola. Como eu sempre gostei de coisas diferentes, eu tive a possibilidade de estagiar em uma assessoria de corrida na época e foi nesse momento como estudante que me identifiquei com a corrida de rua", lembra.
Com a expertise que adquiriu como estagiário e a visão empreendedora que possui, Chokito resolveu, mesmo sem o título de bacharel em Educação Física, abrir uma assessoria própria em 2005, quando estava no segundo semestre do curso. Como precisava do diploma, ele convidou um amigo que era formado na área para se juntar à sociedade.
“Meu pai faleceu e precisava ajudar em casa. Fiz um acordo para abrir uma filial com o mesmo nome da assessoria da empresa que estagiava. O acordo era que tudo que entrasse de dinheiro seria meu e de um parceiro, e em troca divulgaríamos a marca. O dono topou e em 3 meses já tínhamos a quantidade de alunos que ele conquistou em 5 anos”, conta Chokito.
Com o sucesso em poucos meses, Chokito entendeu que esse seria seu projeto de vida. Em agosto de 2008 ele abriu, junto com o mesmo sócio, sua primeira empresa no ramo, a Runners. A parceria durou até 2013.
Com o encerramento da sociedade, Chokito continuou tocando o negócio sozinho. "A ideia do nome, projeto, marca foi toda minha. Meu sócio só entrou inicialmente por conta da formação", explica.
Corrida com obstáculos: uma pandemia
Mesmo sozinho na condução do negócio, Chokito não abriu mão de estudar. Ele fez três especializações que contribuíram para ampliar seu repertório e para o crescimento da Runners. No meio do caminho, no entanto, um obstáculo aparentemente intransponível: a pandemia de covid-19.
A crise levou ao fechamento do clube, em 2020, e os alunos só voltaram à corrida depois da flexibilização, entre o fim de 2020 e 2021. O professor, então, passou a receber mensagens de antigos alunos que queriam voltar a correr, já que as atividades físicas ao ar livre já haviam sido liberadas.
Como nunca tinha desistido do clube, Chokito retomou o projeto como Runners Club, e recomeçou o negócio com apenas R$ 4 mil adquiridos com a venda de camisas e matrículas de antigos alunos.
Segundo Chokito, a Runners Club é atualmente o principal clube e assessoria de corrida de rua da Bahia. No segundo semestre deste ano, ele pretende inaugurar a quinta unidade, no bairro de Patamares. Além de faturar com o clube, ele mantém um projeto social com 20 atletas acima de 40 anos que viajam para competições com ajuda do Runners e de alunos doadores.
"Oferecemos um serviço profissional e personalizado, com treinamentos semanais planilhados, avaliações periódicas a partir da meta do corredor, oferecendo todo suporte necessário. Um grande diferencial nosso é unir a prática de corrida ao entretenimento. Temos um calendário anual de eventos que contempla do carnaval à confraternização de final de ano", acrescenta o professor.
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