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Mossoró: buscas por fugitivos custaram R$ 1,3 milhão apenas em diárias da Força Nacional

Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, que escaparam da penitenciária federal há 50 dias, foram presos nesta quinta-feira, 4

4 abr 2024 - 15h29
(atualizado às 15h46)
Veja o momento em que fugitivos do presídio de Mossoró são presos e chegam à PF
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Após 50 dias de fuga da Penitenciária Federal de Mossoró, os criminosos Deibson Nascimento e Rogério Mendonça foram recapturados e presos nesta quinta-feira, 4. As buscas contaram com a mobilização de diversos setores de segurança. No caso da participação da Força Nacional, só de diárias de agentes, o Ministério da Justiça e Segurança Pública gastou R$ 1,3 milhão. As informações são do jornal O Globo.

Deibson e Rogério escaparam do presídio no dia 14 de fevereiro. Já a Força Nacional chegou na região no dia 23 do mesmo mês --com o apoio de 111 homens e 20 veículos. Cada um deles recebe, por dia, em torno de R$ 335, além do salário estadual – sendo assim, a diária do grupo custou cerca de R$ 37 mil. A Força Nacional deixou a operação no último dia 30, sexta-feira passada.

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Desde a fuga, além da Força Nacional, a força-tarefa contou com esforços locais e federais. Participaram das operações a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil e Polícia Militar do estado.

De acordo com o Ministério da Justiça, a partir de agora as investigações passam a ser concentradas em ações de inteligência.

Encontrados

Em ação conjunta das Polícias Federais e Rodoviária Federal, a dupla foi encontrada na cidade de Marabá (PA), que fica a 1.600 quilômetros de Mossoró (RN). Inquérito da Polícia Federal revelou que os dois fugitivos receberam assistência de uma rede de apoio organizada pelo Comando Vermelho, facção criminosa à qual são membros.

A operação incluiu o monitoramento de três veículos que, de acordo com as investigações, estavam fornecendo cobertura para a fuga. Ao todo, seis pessoas foram detidas nos três automóveis. Um dos fugitivos foi capturado pela Polícia Federal, enquanto o outro foi detido pela Polícia Rodoviária Federal. Os suspeitos foram detidos na ponte que cruza o Rio Tocantins. A prisão foi realizada nesse ponto específico para evitar uma possível fuga através do rio.

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Investigadores informaram que a dupla será transferida de volta a Mossoró, e que essa ação é considerada uma "questão de honra" para o Ministério da Justiça, responsável pela coordenação do sistema penitenciário federal.

Prisão dos dois fugitivos ocorre após mudança na operação da PF
Prisão dos dois fugitivos ocorre após mudança na operação da PF
Foto: Divulgação/Polícia Federal

Quem são 

Os fugitivos são Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento, também conhecido como "Tatu" ou "Deisinho". Ambos são naturais do Acre e estavam sob custódia na Penitenciária Federal de Mossoró desde 27 de setembro de 2023, conforme divulgado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública na época.

No ano passado, a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Acre informou que Rogério e Deibson estavam entre os detentos envolvidos na rebelião ocorrida em julho de 2023 no presídio de segurança máxima Antônio Amaro Alves. Na ocasião, cinco prisioneiros foram assassinados.

Deibson foi detido em agosto de 2015 e também cumpriu pena no presídio federal de Catanduvas, no Paraná. Ele tem condenações e é acusado de envolvimento em assaltos, furtos, roubos, homicídios e latrocínio.

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Fugitivos do presídio de Mossoró são presos no Pará após 50 dias #shorts
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Já Rogério estava cumprindo pena no Acre quando foi transferido para o Rio Grande do Norte. Ambos são membros de uma organização criminosa e deveriam cumprir uma sentença de dois anos, até 25 de setembro de 2025.

O presídio federal de Mossoró foi inaugurado em 2009 e é o único localizado no Nordeste. Com uma área de 13 mil metros quadrados, abriga mais de 200 detentos e nunca havia registrado uma fuga.

Além de Mossoró, o Sistema Penitenciário Federal conta com presídios em Catanduvas (PR), Campo Grande (MS), Porto Velho (RO) e Brasília (DF), que abrigam detentos de alta periculosidade.

Fonte: Redação Terra
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